Criado com o objetivo de acolher da melhor forma possível mulheres vítimas de violência doméstica e familiar e crianças e adolescentes vítimas de violência e abuso sexual, a delegacia geral de Sena Madureira, no interior do Acre, agora disponibiliza de uma sala específica para atender estas vítimas.
A cidade não disponibiliza de uma delegacia especializada, por isso, a delegada Mariana Gomes idealizou o projeto “Bem-me-Quer”, com espaço reservado dentro da delegacia geral da cidade para que estas pessoas possam ficar mais confortáveis e ter privacidade enquanto são atendidas.
A inauguração que ocorreu na última sexta-feira (15), contou com a presença do delegado-geral da Policia Civil, Josemar Portes, o coordenador da delegacia de Sena Madureira, Marcos Frank e também dos delegados Paulo Henrique Xavier e Mariana Gomes.
“Sentiu-se a necessidade de ter um espaço mais reservado na delegacia para atendimento destas vítimas. Porque, antes elas ficavam esperando atendimento na recepção, onde tem circulação de muitas pessoas, policiais, presos, conduzidos. Então, não era o ideal. Como a gente já tinha disponibilidade, por Sena Madureira ter uma boa estrutura, de uma sala sem utilização, reformamos a sala, pintamos da cor lilás, que é a cor de combate à violência e fizemos um ambiente acolhedor que transmitisse segurança para as vítimas para que elas possam relatar os abusos, dentre lesão corporal, moral, psicológica e sexual principalmente que é um tema muito delicado”, disse a delegada.
Mariana disse que os atendimentos passam a ser feitos na sala e vai garantir a privacidade das vítimas. A delegada acrescentou que os atendimentos começaram a ser feitos nesta segunda-feira (18), mas preferiu não informar números ou qualquer outro tipo de informação para preservar as vítimas já que o projeto ainda está no início.
Atendimento
A delegada pontuou ainda que o atendimento vai ser feito por policial do sexo feminino. Além disso, ela afirmou que foi feita uma parceira com a prefeitura da cidade que disponibiliza uma psicóloga e assistente social que vão atuar em sobreaviso e, quando houver a necessidade, a profissional já faz o primeiro atendimento ainda na delegacia, como forma de auxiliar as vítimas.
“A gente buscou junto a prefeitura, a disponibilidade de atendimento psicológico e assistência social, trabalhando nos casos mais graves. Então, o combinado foi, a partir do momento que eu atender um caso que diante da minha atuação, me sinta limitada naquele momento –tem vítimas que chegam na delegacia muito machucadas e acabamos precisando de uma psicóloga para auxiliar naquele atendimento- buscou-se essa ajuda”, explicou.
A delegada disse que o acompanhamento posterior com o psicólogo e assistente social, continuam da mesma forma, com o encaminhamento feito depois do primeiro atendimento na delegacia. E que a parceria é feita para o atendimento imediato.
“A ideia do projeto, para o âmbito de Polícia Judiciária, é de ambiente acolhedor, bem como de profissionais qualificados. Então, eu tenho uma policial e posso acionar o psicólogo em caso de necessidade, aqueles que forem mais graves”, concluiu.
G1 AC