A ABCVAC, entidade que representa as clínicas de vacinação particulares, quer disponibilizar a vacina contra o coronavírus primeiro para os trabalhadores da indústria e do setor produtivo, de acordo com seu presidente, Geraldo Barbosa.
O executivo também afirmou que a rede privada é complementar ao serviço público e não concorre com o SUS (Sistema Único de Saúde) para aplicar a vacina.
A entidade negocia a compra de 5 milhões de doses da Covaxin, vacina produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech. O imunizante está na fase 3 (última etapa) de estudos clínicos e ainda não teve os resultados de eficácia divulgados.
“Estamos orientando nossos associados a direcionarem essas doses para a indústria e o mercado produtivo. Entendemos que é importante esses trabalhadores voltarem a trabalhar”, afirmou o presidente da ABCVAC em entrevista a GloboNews na manhã de hoje.
Segundo ele, a ideia é que as empresas paguem para disponibilizar a vacina a seus funcionários. No entanto, o Ministério da Saúde já afirmou que as clínicas particulares deverão seguir a ordem de prioridade de vacinação estabelecida no PNI (Plano Nacional de Imunização), que prevê que as primeiras doses sejam aplicadas em idosos, profissionais de saúde e outros grupos prioritários.
Além disso, representantes da pasta disseram a empresários que as empresas não poderão comprar vacinas contra a covid-19 para seus funcionários, o que pode dificultar os planos das clínicas particulares.
Barbosa afirmou que conversa com o Ministério da Saúde e com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para definir com qual público a rede privada poderá trabalhar.
UOL