Chuva de 50 milímetros em 5 horas alaga rua e casas de seis bairros em Rio Branco

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Pelo menos seis bairros de Rio Branco tiveram ruas e casas alagadas após mais de 5 horas de chuva que atingiu a capital ainda na madrugada, desta quarta-feira (27).

A chuva começou em algumas regiões por volta de 1h, segundo informou o coordenador da Defesa Civil municipal, major Claudio Falcão. Nestas poucas horas, foram 50,8 milímetros de chuvas acumulados até o início da manhã.

“Isso é muita chuva, nós temos diversos pontos de alagamentos na cidade como. Tivemos na Vila Acre, Bom Jesus, Santa Inês, Airton Sena, Plácido de Castro, Cidade Nova”, informa Falcão.

O acumulado de chuvas nos primeiros 24 dias do ano já ultrapassou em mais de 50% o esperado para todo o mês de janeiro em Rio Branco. O acumulado previsto para o primeiro mês do ano é de 288 milímetros. No entanto, até o dia 24 tinham sido registrados 437 milímetros de chuva na capital.

“Dentro destes pontos de alagamentos que acaba chegando nos quintais, nas vias públicas, o local mais grave nesse momento fica no bairro Plácido de Castro. Nós despachamos uma guarnição do Corpo de Bombeiros para o local por causa de algumas casas que estão inundadas e estou com nossa equipe também na rua, e estou apenas aguardando o retorno do posicionamento dos Bombeiros para ver as providências”, acrescenta.

Moradores do bairro Plácido de Castro tiveram casas e ruas alagadas — Foto: Maria da Silva/arquivo pessoal
Moradores do bairro Plácido de Castro tiveram casas e ruas alagadas — Foto: Maria da Silva/arquivo pessoal

Acordados desde a madrugada

A auxiliar de serviços gerais Maria da Silva, de 35 anos, mora no bairro Plácido de Castro e desde as 3 horas da madrugada está acordada para tentar subir os móveis da casa que foi alagada pela água da chuva.

“Alagou tudo, não só a rua, como as casas. Isso é uma coisa que já acontece desde de 2013, é esse sofrimento e toda chuva que tem, transborda. Quando começa a chover a gente já levanta, aqui começou 3 horas da manhã e já estava todo mundo acordado, a rua toda no movimento”, conta.

Maria afirma que já perdeu vários móveis e o sossego. A cada chuva forte é o mesmo transtorno que os moradores da região vivem.

“A situação é aquela: a água lá em cima, a gente acaba perdendo as coisas, tem que subir, aí é um morador ajudando o outro. Já perdi guarda roupa, rack, as coisas que ficam no chão é só o básico mesmo”, lamenta.

O coordenador disse que as ocorrências e chamados ainda estão em andamento e que ainda não é possível apresentar dados de quantas casas ficaram alagadas.

“Está em andamento e, normalmente, a gente trabalha mais com a questão de chamamentos, mas como tivemos uma chuva longa e gradual, então, não choveu tanto de uma única vez, o que fez ter menos ocorrências, contudo a gente tem diversas e sempre haverá por conta da drenagem, do lixo jogado ali, e a manutenção de córregos que nem sempre é feita no tempo hábil e correto. Então, a gente vai sofrendo com isso”, pontua.

Além das ruas alagadas, o nível do Rio Acre apresentou uma elevação rápida no início da manhã. Na medição das 9h o manancial chegou a cota de 11, 57 metros e subiu quase 20 centímetros em três horas. Na medição das 6 horas ele estava em 11,38 metros.

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