Após abaixo-assinado, advogado que lutou contra o racismo é homenageado com nome em rua de Rio Branco

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Rua da África, no bairro Seis de Agosto, teve o nome alterado para Rua da África Professor ADV Ogan Arimatéia. Advogado foi um dos principais ativistas contra o racismo estrutural no Acre e morreu em junho do ano passado com câncer.

Após um abaixo-assinado do Movimento Negro e das Religiões de Matriz Africana do Acre, a Prefeitura de Rio Branco sancionou uma lei que inclui o nome do professor e advogado Ogan Arimateia, de 49 anos, que morreu no final de junho de 2020, vítima de um câncer, no nome da Rua da África, no bairro Seis de Agosto.

Com isso, rua passa a se chamar Rua da África Professor ADV Ogan Arimatéia. A portaria da lei foi publicada no Diário Oficial do Acre (DOE) dessa segunda-feira (4).

Além de advogado, Arimateia foi professor do ensino público e chefe do Departamento de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos em outras gestões. Foi uma referência na luta por justiça e igualdade social, militante político, líder estudantil, historiador, professor, advogado, sindicalista, ativista dos Direitos Humanos e defensor do movimento negro.

O abaixo-assinado alcançou mais de mil assinaturas, que era o objetivo. O movimento enviou o pedido de mudança para a Câmara de Vereadores de Rio Branco, que criou e aprovou um projeto de lei e a ex-prefeita Socorro Neri sancionou antes de deixar a gestão.

“Essa foi uma iniciativa da religião dele e nós do Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial [Compir] recebemos com muita estima, tendo em vista que o professor Ogan Arimatéia foi um militante da igualdade racial, da promoção dessa igualdade e no combate ao racismo. Ele deixou um legado de luta, conquistas e merece”, destacou o presidente do Conselho, Igor Ramon.

Ainda segundo Ramon, a mudança reforça e motiva o movimento a continuar lutando por uma sociedade mais igualitária e justa. Ele destacou que a lei é um reconhecimento da luta de Arimatéia contra o racismo em busca por melhorias.

“É um reconhecimento para ele e para nós. É um legado dele que nos motiva a continuar lutando contra o racismo, participou de vários movimentos, instituiu várias comunidades, foi coordenador do Departamento de Promoção da Igualdade Racial”, concluiu.

G1 AC

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