Tudo começou após uma postagem de Alex no Instagram, na noite de terça-feira (26) em que comparava uma mulher à Eliza Samúdio. Na postagem, ele ainda completa: “uma hora ela encontra o Bruno dela”. À publicação gerou grandes polêmicas e chegou a ser alvo do MPAC.
O influenciador fez uma retratação em seu perfil e na manhã desta sexta-feira, 29, voltou a comentar sobre o assunto:
“Eu errei me retratei e pedir desculpas, não sou uma pessoa injusta, não vai ser a primeira vez que vou errar e toda vez que eu errar vou vim aqui pedir desculpas, eu acho que você reconhecer o erro é mais difícil do que cometer o próprio erro” disse Alex Thomas nos stories do seu Instagram.
Alex Thomas. Reprodução: Alerta Rio Branco
Alex, havia postado uma nota de esclarecimento na quinta-feira (27), em que se retrata:
“Aos meus seguidores do perfil no aplicativo Instagram, à todas as mulheres e homens que tiveram acesso ao conteúdo publicado no dia 26.01.2021, e a quem possa interessar.”
“Eu, Alex Thomas, venho, por meio desta, pedir desculpas à todas as pessoas, principalmente mulheres que se sentiram agredidas com a publicação feita no storie do perfil acima citado, no dia 26 de janeiro de 2021.”
MP ESTÁ APURANDO POSSÍVEL CRIME
O blogueiro Alex Thomas está sendo investigado pelo Ministério Público do Acre (MP/AC) por suposta apologia ao crime.
Segundo a assessoria do MP/AC, o órgão está apurando eventual ocorrência de apologia ao crime em postagem feita por Alex Thomas na rede social Instagram na terça-feira (26). A publicação compara uma influenciadora digital de Rio Branco à Eliza Samúdio e diz que “uma hora ela encontra o Bruno dela”.
O o goleiro Bruno Fernandes de Souza, que recentemente morou no Acre, foi condenado a 22 anos e 3 meses pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samúdio, mãe de seu filho. O crime ocorreu em 2010.
O Centro de Atendimento à Vítima (CAV) tomou conhecimento da publicação de Alex e encaminhou para a Promotoria competente.
Em tese, o post configura apologia ao crime, cuja pena é detenção, de três a seis meses, ou multa. Será apurado se houve eventual responsabilidade criminal.
O CAV avalia adoção de outras medidas, inclusive de caráter preventivo, tendo em vista que esse tipo de publicação é inaceitável, especialmente porque o Acre lidera ranking nacional de feminicídio.