Agente socioeducativo de 62 anos morre de Covid-19 no AC

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Vilson da Fonseca Dantas morreu na noite dessa última terça-feira (5) na UTI do Into. 

O agente socioeducativo Vilson da Fonseca Dantas, de 62 anos, morreu nessa terça-feira (5) na UTI do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia do Acre (Into), após 10 dias internado.

Após receber o diagnóstico da infecção pelo coronavírus, o agente começou a se sentir mal e logo deu entrada no Into, no dia 26 de dezembro. E naquele dia já foi levado para a UTI da unidade. Ele não chegou a ser entubado.

Desde então, a família não teve mais contato com Dantas. O filho dele, o policial penal Dilson José Ferreira Dantas, lamentou não ter consigo conversar com o pai e, principalmente, não ter se despedido.

“É desumano, meu pai entrou lúcido, ainda tentei fazer videochamada, mas não consegui. A gente só tinha notícias dele através dos boletins médicos. Tinha tanta coisa que eu queria ter dito e que ele também queria ter dito, não deu. Eu amava muito meu pai. Ele vai deixar muita saudade em todos nós.”

Sonhador e muito alto astral, o agente sempre fez questão de estar com a família e gostava muito de viajar. Ele deixou três filhos e a mulher, com quem era casado há mais de 30 anos.

“Ele tinha o sonho de se aposentar para poder viajar bastante, sempre falava isso, o negócio dele era viajar. Foram 30 anos de contribuição, mas não deu tempo de aposentar. Meu pai era um homem amoroso, prestativo, e muito dedicado ao trabalho. Com certeza, um exemplo”, disse o filho.

Unidade socioeducativa em luto
O diretor da Unidade Acre, em Rio Branco, Janio de Souza Santos, onde Dantas trabalhava há cerca de quatro anos como agente socioeducativo lembrou com carinho de como era o colega de trabalho e disse que ele era uma pessoa muito querida por todos. A direção do Instituto Socioeducativo do Acre (ISE) publicou uma nota lamentando o falecimento do servidor.

“O seu Vilson era uma pessoa excepcional, mesmo sendo uma pessoa idosa, era um cara com disposição para o trabalho, sempre animado. Não tinha uma pessoa que não gostasse dele. Era uma pessoa muito querida aqui na nossa unidade, infelizmente essa praga desse vírus levou ele. Era uma pessoa muito dedicada, os adolescentes da unidade adoravam ele, porque ele era muito de comunicação, de conversar e de dar conselho”, falou.

Após a notícia do falecimento, a unidade paralisou as atividades desta quarta-feira (6). “Vai deixar muita saudade. Hoje estamos com tudo paralisado aqui em respeito a ele. Estamos de luto.”

 

G1

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