Foram 111 dissoluções matrimoniais no segundo semestre do ano passado. Pandemia do coronavírus e possibilidade de fazer o processo de forma virtual podem ter contribuído, segundo CNB-CF.
O Acre registrou o maior número de divórcios no segundo semestre de 2020 desde o início da prática do ato em cartório no ano de 2007. Ao todo, foram 111 decisões de julho a dezembro do ano passado. Estado foi o segundo do país com maior número.
O aumento dos divórcios foi de 50%, comparando o mesmo período de 2019, quando foram registradas 74 dissoluções no segundo semestre. Estado só ficou atrás de Rondônia que teve um aumento de 54%.
Os dados são de levantamento feito pelo Colégio Notarial do Brasil – Conselho Federal (CNB-CF), uma entidade que reúne os cartórios de notas de todo o país.
Para a CNB-CF, o ano de 2020 foi atípico o que acabou provocando mudanças no comportamento das pessoas e também na oferta de serviços, como a autorização para que os cartórios de notas tiveram para prestar uma série de serviços de forma eletrônica, como o pedido de divórcio que pode ser feito de forma remota, pode ter facilitado para esse aumento significativo.
O mês de setembro foi o que teve o maior registro de pedidos durante todo o ano, com 26. Abril teve os menor número com 5. Durante todo o 2020 foram 183 divórcios.
Dados nacionais
Em todo país o aumento dos divórcios foi de 15% no segundo semestre do ano passado, com 43.859 procedimentos realizados nos cartórios. No mesmo período de 2019 tinham sido registrados 38.174 dissoluções.
Entre os estados que registraram aumento, 16 bateram o recorde histórico de divórcios no período, sendo eles Acre, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
Não houve aumento no número de divórcios nos Estados do Amapá, Bahia, Piauí e Tocantins.
Veja porcentagem dos estados:
Acre (50%)
Alagoas (21%)
Amazonas (17%)
Ceará (14%)
Distrito Federal (26%)
Espírito Santo (30%)
Goiás (19%)
Maranhão (19%),
Minas Gerais (11%)
Mato Grosso do Sul (49%)
Mato Grosso (15%)
Pará (14%)
Paraíba (19%)
Pernambuco (34%)
Paraná (13%)
Rio de Janeiro (8%)
Rio Grande do Norte (26%)
Rondônia (54%)
Roraima (26%)
Rio Grande do Sul (7%)
Santa Catarina(9%)
Sergipe (21%)
São Paulo (18%)