Rio Branco regrediu para bandeira laranja porque ocupação de UTIs aumentou 94%, diz comitê

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Em nova classificação de risco realizada nesta sexta-feira, 11, pelo governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde do Acre e o Comitê de Acompanhamento Especial (CAE) da Covid-19, as regionais Alto Acre e Baixo Acre-Purus regridem para o Nível de Alerta (Bandeira Laranja), enquanto a regional do Juruá-Tarauacá-Envira permanece no Nível de Atenção (Bandeira Amarela).

A regional Alto Acre registrou um aumento em três níveis indicadores, sendo classificada com nota 13, e por isso regredindo para a Bandeira Laranja, sendo eles: índice de novas internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), que subiu para 162%, a ocupação de leitos clínicos para 108% e e ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) aumentou em 94%.

O Baixo Acre-Purus também regrediu para a Bandeira Laranja, com nota 13, apresentando um comportamento elevado das notificações, com alteração no número de novos óbitos com um aumento de 125%, na ocupação de leitos clínicos que subiu em 20% e leitos de UTIs com ocupação de 94%.

Permanecendo na Bandeira Amarela, a regional Juruá-Tarauacá-Envira, apresentou nota 10, porém, os indicadores demonstram um crescimento, sendo mais acentuado em três deles: novas internações por SRAG que aumentou em 67%, ocupação de leitos clínicos em 76% e ocupação de UTIs com aumento de 18%.

Essa é a 13º coletiva, que confere o período entre 22 de novembro a 5 de dezembro. De acordo com a coordenadora do Grupo de Apoio ao Pacto Acre Sem Covid, Karolina Sabino, é importante manter os protocolos de prevenção divulgados pelo Estado durante a flexibilização das bandeiras para que o município siga com as atividades liberadas.

“A pandemia não acabou, as medidas devem ser redobradas, pois quando uma regional pula de uma bandeira de menor dureza para uma de maior dureza, como aconteceu, isso significa que não houve a adoção das medidas básicas”, destacou Karolina Sabino.

A próxima avaliação está prevista para o dia 23 de dezembro.

Metodologia

O Pacto Acre sem Covid é uma ferramenta destinada a viabilizar a harmonia entre o desenvolvimento econômico, o direito de proteção à saúde e os valores sociais do trabalho, tendo por finalidade fundamental a efetiva proteção do direito à vida.

De acordo com o método definido pelo Pacto Acre sem Covid, a classificação em nível de risco é realizada conforme a delimitação territorial das regionais de Saúde do estado, a saber: região do Alto Acre (Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia e Xapuri), Baixo Acre e Purus (Acrelândia, Bujari, Capixaba, Jordão, Manoel Urbano, Plácido de Castro, Porto Acre, Rio Branco, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira e Senador Guiomard) e a região do Juruá e Tarauacá-Envira (Cruzeiro do Sul, Feijó, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Rodrigues Alves e Tarauacá).

A classificação em níveis de risco (bandeiras), expressa por meio de uma nota geral que varia de 0 a 15, é obtida por meio da mensuração de sete índices, sendo eles: isolamento social, notificações por síndrome gripal, novas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave, novos casos por síndrome gripal Covid-19, novos óbitos por Covid-19, ocupação de Leitos Clínicos Covid-19 e ocupação de UTIs Covid-19.

Os níveis de classificação de risco foram divididos em Vermelho, Laranja, Amarelo e Verde, respectivamente do mais restritivo para o mais flexível. A cada 14 dias é realizada uma nova avaliação dos indicadores, cabendo às prefeituras realizar a autorização das atividades permitidas no respectivo nível de risco apurado por meio de decreto municipal, bem como a instituição de protocolos sanitários a serem seguidos pelos setores da economia que estejam autorizados a funcionar. Um trabalho que envolve Estado, prefeituras e entidades e que deve contar com o apoio de toda a comunidade.

Para mais informações de protocolos, acesse: http://covid19.ac.gov.br/

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