Delegados da Polícia Civil do Acre, que integram o Grupo de Enfrentamento aos Crimes Contra Ordem Tributária, concederam entrevista na manhã desta quarta-feira (2) para falar sobre a “Operação Omaggio”, que cumpriu 20 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão, bloqueio de 9 contas bancárias, sequestro e apreensão de 11 veículos em Rio Branco, Feijó e em Cuiabá.
Segundo o delegado geral da Polícia Civil, Josemar Portes, os envolvido nos crimes são responsáveis por sonegação de impostos e apropriação de recursos públicos do Estado.
“O crime financeiro tem suas consequências. Ele deixa as pessoas mais pobres sem serviços básicos e isso prejudica todo o estado. Aqueles que ainda se enveredam pelo lado da apropriação e sonegação que tenham cuidado ao fazer, pois a polícia vai chegar até elas”, disse o delegado geral.
Segundo a diretor administrativo tributário da Secretaria da Fazenda, Clóvis Monteiro, somente nesta operação duas empresas laranjas do ramos de frios são acusadas de sonegar R$ 2 milhões de reais ao movimentar R$ 17 milhões. Essas empresas serão multadas em R$ 4 milhões pela Sefaz.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Pedro Resende, após investigação fiscal por parte da Sefaz, a Polícia Civil foi acionada e começou uma investigação criminal.
“Pensávamos que era uma ação isolada, mas descobrimos que não era e que tinha mais indícios de outros crimes. Hoje estamos em fase ostentiva de uma operação que investiga não somente crimes tributários, mas também organização criminosa montada com objetivo de burlar o sistema tributário. Durante a operação foram apreendidos R$ 4,5 milhões em 9 contas bancárias”, disse Resende.
Segundo o delegado Alcino Junior, os envolvidos poderão responder por sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e ocultação de bens.