Pesquisadores descobrem 15 espécies de fungos na APA Lago do Amapá em Rio Branco

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O governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), tem apoiado a realização de pesquisas científicas nas unidades de conservação. Na Área de Proteção Ambiental (APA) Lago do Amapá, desde novembro de 2017, estudantes do Laboratório de Botânica e Ecologia Vegetal da Universidade Federal do Acre (Ufac) realizam pesquisas sobre espécies de plantas e de macrofungos. O estudo registrou 192 cogumelos e resultou na produção de uma lista com 101 espécies, sendo 15 delas inéditas para o Acre.

A informação foi publicada no livro Biodiversidade e Biotecnologia no Brasil – volume 1 (capítulo 9), lançado pela Editora Stricto Sensu (https://sseditora.com.br/ebooks/biodiversidade-e-biotecnologia-no-brasil-1/) no último mês de novembro, pela graduanda de Ciências Biológicas, Chirley Gonçalves, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia (Bionorte), Márcia de Araújo Teixeira, e pelo professor Marcos Silveira.

Com o levantamento das espécies de plantas e macrofungos que ocorrem na área, a pesquisa pretende subsidiar as visitas autoguiadas à trilha do lago Amapá. Espécies de árvores serão sinalizadas ao longo da trilha e um guia ilustrado com imagens das espécies possibilitará aos usuários da unidade de conservação, o desfrute de uma experiência interativa com a natureza.

Segundo Chirley Gonçalves, as pesquisas de campo envolvem a coleta de amostras de plantas com flores e/ou frutos e de fungos férteis, conhecidos como cogumelos. Essas amostras são prensadas, secadas em estufa de ventilação lateral e montadas com cola quente em cartolinas (30 cm x 45 cm), acompanhadas de uma etiqueta com informações sobre a identidade da planta, localização geográfica, descrição do hábito da planta (árvore, arbusto, erva, cipó, trepadeira, epífitas e parasitas), data da coleta, nome do coletor e número da coleta.

“A identificação das espécies é realizada através da comparação das amostras coletadas com amostras depositadas em coleções locais e em coleções online, conta com a colaboração de especialistas e de usuários de aplicativos sobre biodiversidade e com a confirmação da literatura”, explicou Chirley.

Essa lista de espécies de macrofungos da APA é a primeira a ser produzida para uma unidade de conservação do estado. “Ela representa mais um passo rumo à melhoria do conhecimento sobre a riqueza de espécies encontradas no Acre. E é a base para estudos posteriores sobre o potencial alimentar e biotecnológico das espécies”, afirmou a doutoranda Márcia Teixeira.

Para a gestora da APA Lago do Amapá, Mirna Caniso, a existência da lista de espécies de cogumelos, reforça a relevância de ações de conservação e manejo. “A partir disso, é possível planejar o cultivo de cogumelos como alternativas produtivas e de geração de renda aos moradores da região”.

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