Leo de Brito destaca preocupação com avanço da pandemia e o fim do auxílio emergencial

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O deputado federal Leo de Brito (PT-AC) destacou nesta segunda-feira (21), na última sessão do ano da Câmara dos Deputados, a preocupação com o fim do estado de emergência sanitária, que se encerra dia 31 de dezembro, e o fim do auxílio emergencial, cuja última parcela será paga este mês.

O parlamentar acreano cobrou medidas do governo federal sobre essas questões, uma vez que o país vive uma nova onda de infeção, tendo registrado no último sábado a mais alta taxa de incidência da Covid-19 desde o início da pandemia. Leo de Brito fez referência às medidas adotadas recentemente por países da Europa, como a decretação de lockdown, a fim de evitar o aumento do contágio do coronavírus.

O Brasil já registra 186.818 mortes pela doença, são 7.241.612 de casos. No Acre, são mais de 40 mil casos no total. Entre os dias 6 e 19 de dezembro, foram registrados 2.592 novos casos de contaminação pelo novo coronavírus e quase 800 óbitos.

Descaso

Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) divulgada recentemente aponta erros em série do governo Bolsonaro no combate a Covid-19. O documento afirma que não há plano estratégico de ação do Ministério da Saúde para o enfrentamento da pandemia do coronavírus.

O relatório técnico também manifesta preocupação com o eventual descompasso entre o cronograma de fornecimento das vacinas contra a Covid e o de entrega das seringas e agulhas. Anexado ao processo, sob a relatoria do ministro relator Benjamin Zymler, o documento é elaborado pela SecexSaúde (Secretaria de Controle Externo da Saúde), que já produziu quatro relatórios de acompanhamento.

“Outra coisa grave se refere à licitação das seringas da China, que o governo deixou vencer. Enquanto outros países estão vacinando, no Brasil nem seringa temos. Defendo a vacinação para todos”, pontuou Leo de Brito.

Consequências do fim do auxílio emergencial

“O auxílio emergencial cumpriu um papel importante. Foram injetados mais de 900 milhões na economia acreana em 2020. Mais de 130 mil famílias, cerca de 325 mil pessoas, portanto 44% da população foi atingida e recebeu o auxílio, o que teve forte impacto na economia e no consumo, além de incremento no PIB do estado. Municípios como Assis Brasil, Manoel Urbano, Porto Acre, Bujari, Capixaba, Jordão e Mâncio Lima, o percentual de atendimento foi acima de 50%, enquanto que em Rio Branco girou em torno de 40%”, explicou o parlamentar.

O deputado registrou ainda que a bancada do Partido dos Trabalhadores e a oposição defenderam a votação da MP 1000 em caráter de urgência, que poderia garantir a continuidade do benefício e o pagamento do valor de R$ 600,00, mas não teve êxito.

“Nós fizemos tudo o que pudemos. Infelizmente a vida das pessoas não é prioridade para esse governo. A matéria deveria ter sido apreciada na última sexta-feira, entretanto, deputados ligados ao governo Bolsonaro fizeram obstrução e não permitiram que fosse colocada em pauta. Precisamos saber o que vem pela frente, as pessoas precisam de emprego, precisamos de um programa de investimentos públicos, o governo tem que se preocupar e apresentar soluções para esse grave problema”, finalizou Leo de Brito.

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