Dhavyson de Oliveira saiu de casa no dia 16 de novembro alegando que iria morar na zona rural de Rio Branco. No último dia 12, a família soube que ele estava desaparecido após nadar no Rio Acre, no bairro Cidade Nova. Polícia Civil investiga o caso.
A família de Dhavyson Carvalho Aiache de Oliveira, de 18 anos, busca informações do paradeiro dele em Rio Branco. Segundo os familiares, ele saiu de casa no dia 16 de novembro dizendo que ia morar na zona rural da cidade e não deu mais notícias.
No último dia 12, os parentes receberam informações de que ele estava morando no Calafate com conhecidos. Ainda segundo a família, o rapaz foi visto pela última vez quando nadava no Rio Acre, no bairro Cidade Nova com amigos e teria se afogado.
A família acionou, na segunda-feira (14), uma equipe do Corpo de Bombeiros do Acre e registrou um boletim de ocorrência na delegacia da Polícia Civil no bairro Tucumã.
“Desapareceu no dia 12 [de dezembro], mas saiu de casa no dia 16 de novembro. Estava morando, segundo o que me falaram, no Calafate. Já fui atrás do pessoal de facção e falaram que ele estava bebendo, sendo que não bebia aqui, parou um carro e ele entrou. De sexta [11] pra sábado [12] soube que foi atravessar o rio, não aguentou, os outros voltaram e ele morreu afogado”, contou ao G1 a tia e mãe de criação do rapaz, Gilcilene Aiache.
Desaparecimento
Ainda segundo Gilcilene, o jovem teria decidido sair de casa porque ela não aceitava que ele usasse drogas. Dhavysson Oliveira foi criado pela tia desde pequeno após a morte da mãe biológica.
“A gente chorou, o irmão dele pediu para ele não ir. Me prometeu que não ia entrar em facção, prometi fazer um empréstimo e construir a casa dele para viver a vida dele, meu outro filho entrou em desespero, mas mesmo assim ele foi embora”, lamentou.
Gilcilene confirmou que várias pessoas entraram em contato com os familiares dando informações diferentes sobre o paradeiro do filho. Segundo ela, o telefone do rapaz está com a tela quebrada e não funciona.
“O Dhavysson sabia nadar e por que os outros não voltaram para ajudar? Fui atrás de informações, levaram fotos, nome e só dizem que ele morreu afogado. Quem estava com ele não fala. Já acionamos o Corpo de Bombeiros, fui na delegacia e levei prints. Para dizer que está morto tem que ter corpo”, disse.
Investigações
O Corpo de Bombeiros do Acre confirmou que recebeu a ocorrência e encaminhou uma equipe para o local indicado. Uma equipe da Polícia Militar ajudou os bombeiros.
O major Cláudio Falcão, da assessoria de comunicação dos bombeiros, explicou que a equipe fez buscas superficiais e suspendeu os trabalhos porque as informações eram desencontradas.
“Entrou essa ocorrência para nós no Segundo Batalhão, mas a pessoa que ligou falou que não tinha coragem nem de ir no local indicado com medo das facções. Acionamos a PM e fomos escoltados. Ao chegar, percebemos as informações desencontradas, falaram que o corpo estava flutuando e não era nada disso. Conversamos com a mãe [dele] e fizemos buscas superficiais. Não tinha certeza de que havia tido mesmo afogamento”, confirmou.
O delegado Carlos Flávio Portela destacou que o caso foi registrado na delegacia do Conjunto Tucumã e que uma equipe já iniciou as buscas.
“Fiz o encaminhamento dessa ocorrência para o pessoal da investigação, mas não tenho como falar sobre detalhes ainda. Temos conhecimento, fizemos o registro e determinamos a diligência. Também nos informaram que foi visto nadando no rio, mas não ficou muito claro, porque outras pessoas podem ter viso em outra situação. Somente a investigação vai verificar”, resumiu.
G1 Acre