Cidade de Cobija tem movimento fraca na véspera de natal

O até pouco tempo movimentadíssimo centro comercial da capital do departamento boliviano de Pando, Cobija, nem de longe lembra o panorama de poucos anos atrás quando suas ruas e vielas eram tomadas por brasileiros, principalmente acreanos, que lá buscavam a diversidade de produtos importados por preços mais baixos.

Destino certo das compras de Natal e fim de ano, com oferta de produtos que iam de brinquedos de origem chinesa a eletroeletrônicos das mais renomadas marcas, passando por artigos de vestuário e bebidas importadas, Cobija já foi o paraíso do consumismo para a população dessa parte do Brasil.

Hoje, o cenário é outro. A variedade de produtos ainda está lá, mas a alta do dólar somada com a crise sanitária do novo coronavírus transformou a realidade da pequena capital pandina, que tem, atualmente, baixo fluxo de brasileiros a circular pela área da Zona Franca Comercial e Industrial de Cobija.

Ao se conversar com os poucos brasileiros que frequentavam as lojas bolivianas nesta quarta-feira, 23, a respeito do que estavam achando da atual situação do comércio na cidade, a afirmação era uma só, na grande maioria das vezes: os preços em Cobija estão altíssimos quando comparados com um período recente.

Não é nenhuma novidade que, baseados no dólar americano, os preços na capital de Pando continuam os mesmos. O que afeta o antigo poder de compra que os brasileiros lá punham em prática até certo período é a desvalorização do real. No ato das compras, um real está valendo apenas 1,3 boliviano.

Outra razão para a queda do movimento na zona comercial de Cobija é a pandemia do novo coronavírus, que ocasionou por vários meses o fechamento da fronteira entre a capital de Pando e as cidades de Epitaciolândia e Brasiléia, o que causou um forte impacto na economia das três cidades chamadas gêmeas.

Até esta quinta-feira, 24, o departamento de Pando acumula 1.365 casos de covid-19 com 117 mortes em decorrência de complicações da doença, segundo o rastreador Bing Covid, da Microsoft e o Mapa de Acompanhamento da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos. Não há dados específicos para a capital, Cobija.

 

AC24h