Bocalom deve retomar prospecção de aquífero em busca de resolver problema da falta d’água

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Com a decisão do governo do Estado de municipalizar o serviço de distribuição de água, o novo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, pretende viabilizar a construção dos poços artesianos no Segundo Distrito para captação da água existente no aquífero Rio Branco. Afinal, o aquífero tem 120 quilômetros quadrados, conforme um estudo feito por pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que apontaram que o aquífero tem capacidade de abastecer uma cidade com até 800 mil habitantes, mas desde que fosse manejado corretamente.

A decisão do prefeito de retomar as prospecções dos poços artesianos com mais profundidade pode chegar ao lençol freático do Aquífero Rio Branco. Cerca de 40% da água captada pelo Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) para abastecer a população de Cruzeiro do Sul vem de um aquífero descoberto na região do Vale Juruá. A água que abastece toda a população de Mâncio Lima, Porto Valter e Rodrigues Alves, vem de um aquífero.

A reportagem do jornal A Tribuna, procurou um especialista da área que informou que as lentes de lâminas d’água não são contínuas para uma exploração permanente. Como parte do subsolo é argiloso, a retirada da composição química destes sedimentos pode ser um obstáculo para extração desta água subterrânea, sem turbidez para o consumo humano. Contrário ao aquífero descobertos em Cruzeiro do Sul que são mais extensos e que pode permitir uma vazão d’água mais significativa. Nesse primeiro estudo, com a utilização de métodos geofísicos, os geólogos apontaram para existência de um grande potencial de água potável no Aquífero Rio Branco (SARB).

Para o especialista, isso aconteceu, porque as camadas aquíferas daquela área ao longo da Rodovia AC-40 não são contínuas lateralmente, formando-se como lentes de Lâminas d’água que são restritas em profundidade. Essas camadas com acúmulo de água potável, segundo ele, são rochas sedimentares arenosas, que possuem poros (espaços vazios entre os grãos) onde ocorre o acúmulo de água e que favorece sua exploração. Admite que dessa forma, a exploração de água subterrânea pode ser possível, desde que seja feito um mapeamento hidrogeológico completo no município para se determinar os limites dessas lentes saturadas e identificar seus potenciais de vazão, permeabilidade, recarga. Sugere que seria necessário um estudo bem mais aprofundado para garantir sua funcionalidade.

Custo

O Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (DEPASA) arrecada apenas R$ 2,74 por m³ de água tratada, enquanto o custo do produto no país chega aos R$ 3,57, segundo as projeções do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS). A autarquia acreana arca com um déficit mensal de 30%, entre o processo de captação e distribuição, com base nos indicadores do setor comercial da empresa pública.

A arrecadação mensal no primeiro semestre do ano passado chegava em torno de 2,5 milhões que correspondia por 40% das faturas emitidas, pois 60% dos consumidores não pagavam as faturas do consumo doméstico. O resultado desta equação, a empresa tinha por receber dos consumidores inadimplentes o montante de R$ 160 milhões.

Com informações A Tribuna

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