Venezuelanos não querem auxílio da prefeitura municipal, diz coordenadora social

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Venezuelanos não querem auxílio da prefeitura municipal, diz coordenadora social
Durante todo mês de outubro a movimentação de estrangeiros venezuelanos pelas ruas de Cruzeiro do Sul, foi notada pela sociedade que tentou auxiliar as mulheres, crianças e até os homens que pediam ajuda com cartazes no centro da cidade. Muitos deles faziam suas refeições, doadas por populares, sentados ao sol no meio fio das principais avenidas próximas ao comércio local.

A situação de vulnerabilidade chamou atenção dos órgãos competentes da prefeitura municipal, que colocou a Coordenação de Serviço de Abordagem Social em ação para que todo o suporte fosse dado a essas pessoas que necessitam de abrigo e alimentação. Contudo a informação dada pela coordenadora social, Eva das Chagas Bezerra, responsável em resgatar os venezuelanos e encaminhá-los para um abrigo disponibilizado pela prefeitura, indica que os mesmos não estão aceitando a ajuda pública e se recusam a dar informações como nome, idade e em muitos casos sua etnia, pois grande parte deles são índios venezuelanos.

Eva também informou que eles se deslocaram de Rio Branco para Cruzeiro do Sul, onde também receberam apoio governamental, mas preferiram abandonar o local e ficar por conta própria.

“Eles se recusam a passar a documentação para que façamos um relatório e poder prestar conta com o município que está disponibilizando o abrigo em um hotel, alimentação três vezes ao dia, além de vestuário. Acreditamos que por terem crianças, eles tenham medo de passarem seus dados e as crianças serem encaminhadas para o conselho tutelar, ou mesmo alguma punição”, explicou ela que disse que algumas solicitações são pedidas para que o benefício seja ofertado.

“Temos algumas regras, que são horário pra entrar e sair, não levar as crianças para as ruas, eles estão livres para ir, e como a maioria é em casal com filhos, a gente pede pra que um fique em companhia dos menores, caso o outro saia para as ruas com intuito de pedir [esmola]”.

A coordenadora informou que hoje estão finalizando um relatório para encaminhar ao conselho tutelar e assim serem tomadas as devidas providências. Alguns venezuelanos avisaram que já estão partindo da cidade no próximo domingo (8), outros ainda permanecem em Cruzeiro do Sul.

Juruá Online

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