A banca de advogados de Brasília (DF) contratada para atuar na defesa do Ícaro Silva, que matou Jonhliane Paiva de Souza atropelada no último dia 6 de agosto, respondeu as acusações do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC).
De acordo com a defesa, Ícaro não estava em disputa de racha com outro veículo, conforme denunciado. Os advogados chamam a acusação de “hipotética disputa entre veículos”. O entendimento dos advogados é de que as imagens em vídeo de local utilizadas para efeito da prova de materialidade dos crimes imputados se constituem de arquivos digitais, reconhecidamente, extremamente volátil e colocam em dúvida as imagens que comprovariam a disputa de “racha”.
Na peça de defesa, os advogados pedem que seja esclarecido pela Polícia Civil (pelos Peritos e pelo Delegado) se “quando do fornecimento dos arquivos de vídeo pelos donos dos imóveis foi feito espelhamento imediato dos arquivos digitais? Se positiva a resposta, de que forma se deu o acondicionamento, recebimento e o armazenamento dos arquivos digitais espelhados?”.
A defesa também afirma que o fato de Ícaro ter se ausentado do local sem prestar atendimento se enquadra na premissa de que o motorista que se envolver em um acidente de trânsito tenha que aguardar a chegada da autoridade competente para averiguação de eventual responsabilidade civil ou penal, sob pena de se impor ao condutor a obrigação de produzir prova contra si mesmo.
Ícaro Silva está preso há quase três meses pela morte de Jonhliane Paiva. O estudante Alan Araújo de Lima, acusado de ser um dos motoristas que participava do racha também está preso por determinação da justiça desde o mês de agosto.
Com informações do Ac24horas