A devassa que o Ministério Público Estadual está fazendo na Câmara Municipal de Rio Branco está sendo minuciosa e atinge todos os arquivos da casa desde o ano de 2010. Os promotores estão realizando levantamento sobre o custeio das atividades parlamentares, principalmente com diárias.
No primeiro momento foram investigados gastos a partir de 2017, o que compreende essa legislatura, na qual somam 216 viagens para cursos em regiões paradisíacas do Brasil a um custo de R$ 1,115 milhão. Nem na pandemia o gasto parou, foram mais de R$ 40 mil esse ano em diárias com a justificativa de fazer cursos de aprimoramento.
O MPE afora analisa documentos dos gastos das três últimas legislaturas. Estão sendo investigados mais de 50 pessoas entre atuais e ex-vereadores, muitos deles em plena campanha, para voltar à Câmara.
Os promotores também avaliam os contratos de locação de imóveis. Cada parlamentar tem o direito de alugar uma sala ou casa para montar seu gabinete. Tem ainda o aluguel de uma camionete, um veículo de passeio e um moto disponível para cada vereador. Além disso, há uma cota para a gasolina e até conserto do carro. Até serviços gráficos são oferecidos para os parlamentares, que, ainda podem contratar assessores que ficam à disposição. O ministério público quer saber quem usou corretamente essas verbas.
Fonte: A Tribuna