Uma medida provisória que não está nem na pauta desta semana pode dificultar as votações no Plenário da Câmara dos Deputados. É a Medida Provisória 1.000/20, que prorroga o auxílio emergencial por causa da pandemia até dezembro, mas na metade do valor concedido na primeira etapa, ou seja, R$ 300.
A medida já está valendo, mas deputados e senadores apresentaram 262 emendas ao texto, várias delas com o objetivo de retomar os R$ 600 de auxílio. Eles cobram a inclusão da proposta na pauta, para que essas emendas sejam votadas a tempo de, se o aumento no auxílio for aprovado, o pagamento chegar aos trabalhadores.
Autor de uma dessas emendas e líder da Minoria, o deputado José Guimarães (PT-CE), informou que a Oposição pretende apresentar requerimentos protelatórios, com o objetivo de impedir os trabalhos do Plenário, enquanto a medida não for pautada.
“Nós vamos exigir a votação da medida provisória. Se a base do governo não queria votar a MP, que ele não a tivesse enviado para cá. Nós queremos votar a medida provisória 1.000, tem uma emenda nossa para prorrogar, e toda a oposição prorrogar com o mesmo valor.”
Segundo Guimarães, o Brasil não vai suportar essa crise sem o auxílio de R$600. “Para isso, faremos uma obstrução total”, avisou.
Responsabilidade
Já o deputado Lucio Mosquini (MDB-RO), vice-líder do Governo, disse que não seria responsável aumentar o auxílio, e que há outras medidas provisórias a serem votadas antes. “Nós não podemos entrar no desespero pra votar essa MP, quase que por um capricho para expor os colegas, quando temos outras MPs que têm preferência no Plenário.”
Mosquini afirma que o auxílio emergencial de R$ 300 “é o que o governo, em sã consciência, pode fazer”. “É lógico que nós e os colegas da base queríamos que pagasse muito mais do que isso, mas nós temos que ter um voto de responsabilidade com o nosso País.”
Fonte: Agência Câmara de Notícias