O candidato à prefeitura de Rio Branco pelo PSDB, Minoru Kinpara, participou no sábado (24), do Debate com os prefeitáveis de Rio Branco, promovido pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Acre (Ufac). Kinpara foi um dos cinco candidatos escolhidos, por meio de consulta pública, para compor o evento que ocorreu no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac) e que contou com transmissão simultânea no canal do DCE no YouTube.
Durante o debate, mediado pela jornalista da Folha do Acre, Gina Menezes, Minoru agradeceu a oportunidade de estar presente no evento do DCE e iniciou sua fala comentando que um dos pontos em defasagem na capital acreana é a questão da infraestrutura.
“Temos presenciado e ouvido da população da zona rural sobre a dificuldade que eles enfrentam com a infraestrutura. Uma frase que sempre ecoa no meu ouvido e que fico pensando diariamente é a que ouço quando estou nas caminhadas: ‘professor Minoru, o senhor está aqui pedindo o voto de confiança… nós vamos lhe dar esse voto, mas esperamos que o senhor não vire as costas para nós. Queremos ser ouvidos, cuidados, queremos dignidade e respeito’” , frisou, reafirmando o compromisso de escutar a população e buscar atender os anseios, se eleito.
“ASSUMIR O PROTAGONISMO DA GERAÇÃO DE EMPREGO”
Na rodada de perguntas do público, o tucano rebateu a resposta da candidata pelo PSB, Socorro Neri, a respeito da saúde pública do município. Ele comentou que, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde em abril de 2020, Rio Branco é o penúltimo colocado em cobertura da Atenção Básica no ranking das capitais do país e, em saúde da família, o último. Como proposta, apresentou a ideia de aumentar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de contratar profissionais para atender a população tanto na zona urbana quanto na zona rural.
Sorteado para responder a pergunta do público sobre as propostas para a geração de emprego, Minoru ponderou que, segundo o Ministério do Trabalho, 38% dos empregos do Acre vêm do setor público, seguido do comércio, com 19%. Além disso, falou que, por conta da pandemia, muitos comércios fecharam, sem chances de reabrir. Uma das propostas para combater o desemprego, contida no plano de governo do candidato, é a criação do Dia do Emprego, que visa fornecer capacitação para que as pessoas se aperfeiçoem na área que almejam seguir carreira.
“Precisamos assumir o protagonismo da geração de emprego. Até agora não temos um plano de desenvolvimento municipal. É preciso desburocratizar e fazer parcerias com a iniciativa privada, fazendo investimento em cooperativas, na economia solidária e gerar emprego no campo e na cidade para que as pessoas tenham a honra de ter seu salário e de realizarem seus sonhos”, destacou.
FAZER MUITO COM POUCO
Sobre a educação, Minoru reconhece que houve um avanço na qualidade do ensino no município, mas que ainda existe o problema da falta de valorização dos profissionais, que vão desde os docentes até a equipe escolar como merendeiras, auxiliares e coordenadores.
“Precisamos valorizar estes profissionais com melhores condições de trabalho. Faltam bibliotecas equipadas, sala de informática, valorização salarial. É inadmissível que profissionais possam receber um salário base menor que um salário mínimo. Precisamos revisar os cargos de carreiras de salários e garantir que haja equidade entre profissionais do município e do estado. Isso é valorizar o profissional”, comentou.
Nas considerações finais, o candidato pelo PSDB disse que tem relação de gratidão para com Rio Branco, pois cresceu na capital, estudou nas escolas públicas do Acre e é onde cultivou sua família. Em seguida, pediu o apoio dos eleitores para poder contribuir para com os rio-branquenses.
“Assim como cuidei da Ufac, com amor e zelo, quero cuidar de Rio Branco. Quando vemos que a capital é a segunda mais violenta do país e que nós não temos uma guarda municipal e nem planos de segurança, quando vejo que aproximadamente 50% da população não tem água potável e que tem pessoas que não têm condições de fazer as três refeições por não ter emprego, isso me entristece. Quero ter a oportunidade de dedicar os quatro anos da minha vida para ajudar minha querida Rio Branco”, finalizou.