Mulher do ex-diretor-presidente do Depasa também foi indiciada. Desvio de verbas no Depasa pode ter chegado a meio milhão de reais. Trio foi alvo da operação ‘Toque de Caixa’, deflagrada em agosto deste ano pela Polícia Civil.
A Polícia Civil concluiu o inquérito que investiga o desvio de verbas públicas na gestão anterior do Departamento Estadual de Água e Saneamento (Depasa). Três suspeitos foram indiciados pelos crimes de peculato, associação criminosa, falsidade ideológica e crimes contra licitação e contratos públicos.
Entre os suspeitos estão o ex-diretor presidente do Depasa, Sebastião Fonseca, o ex-diretor financeiro do órgão, Edson Siqueira e a empresária Delba Bucar, mulher de Fonseca.
Os três foram alvos da Operação Toque de Caixa, deflagrada no último dia 3 de agosto, após dois meses de investigação da Delegacia de Combate à Corrupção e aos Crimes contra a Ordem Tributária e Financeira (Decor). Fonseca e a mulher chegaram a ser presos na ação e foram soltos após quatro dias.
Ex-presidente do Depasa e a mulher estão entre os indiciados pela polícia — Foto: Arquivo/Secom
As investigações apontam que Fonseca é suspeito de beneficiar a empresa de Delba, a Bucar Engenharia, com um contrato que desviou verba pública. De acordo com a polícia, o montante desviado seria de, pelo menos, meio milhão de reais.
“Três pessoas foram indiciadas, nós mandamos para o judiciário que agora, possivelmente, vai abrir vistas ao Ministério Público. Se achar pertinente, o MP vai denunciar, se achar que não, vai arquivar ou vai devolver para novas diligências”, informou o coordenador da Decor, delegado Pedro Henrique.
Além das prisões, na época da operação a polícia apreendeu materiais, mídia, documentos, tanto na casa dos alvos como também na sede do Depasa. Foi feito ainda o bloqueio de contas bancárias e indisponibilidade de bens dos investigados.
Após a deflagração da operação, o Ministério Público do Acre (MP-AC) instaurou um inquérito civil para aprofundar as investigações sobre o desvio de recursos públicos no Depasa.
O MP informou que as investigações vão focar em um contrato feito entre o Depasa e a empresa Bucar Engenharia, que tem como sócia a mulher do ex-diretor da autarquia.
G1 Acre