Jovem que caiu de ponte durante pêndulo segue internado e família denuncia instrutor

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Luiz Henrique Teles quebrou as duas pernas ao cair de passarela durante salto no último dia 6, em Rio Branco. Mãe do rapaz buscou a delegacia neste domingo (27).

Após mais de 20 dias, o jovem Luiz Henrique Teles, de 18 anos, que quebrou as duas pernas ao saltar de Passarela Joaquim Macedo quando fazia pêndulo, no Centro de Rio Branco, no último dia 6, segue internado no pronto-socorro e sem previsão de alta. O rapaz já fez duas cirurgias e aguarda para fazer uma terceira para instalação de platina nas pernas.

Neste domingo (27), a mãe de Teles, Elis Regina de Souza, procurou uma delegacia da capital acreana para denunciar a equipe que vendeu o salto para o filho. Segundo ela, a família não recebeu nenhum tipo de ajuda financeira.

“Eu perdi meu emprego, meu filho perdeu o dele. Tem que arcar com as consequências, tenho que pagar meu aluguel, que já está vencendo. Estou fazendo de tudo para pagar e o cara está de boa e ainda deixou meu filho no leito de hospital. Ele chora quase todo dia com dor”, lamenta.

Ao G1 tentou contato com o instrutor de salto Célio Lira, que também é um dos responsáveis pelo Grupo Garra e foi quem vendeu o salto para Luiz Henrique Teles e o irmão dele no dia do acidente, mas não conseguiu retorno até a última atualização da matéria.

O rapaz mora em Porto Velho (RO) e chegou à capital acreana no sábado (5) para visitar a mãe e outros familiares que moram no estado. No domingo, ele saiu para dar uma volta no Centro com o irmão e ao passar pela passarela viu as pessoas saltando do pêndulo.

Ele e o irmão resolveram encarar a aventura e pagaram R$ 10 pelo salto. Segundo Teles, ele saltou da passarela junto com o irmão e um instrutor, em uma mesma corda. Uma falha no equipamento teria causado a queda dele dentro do Rio Acre.

Os irmãos chegaram a tirar uma foto com o instrutor antes do salto. Um vídeo gravado no local mostra os irmãos recebendo orientações e pulando da passarela. As pessoas se assustam quando não vêem Teles pendurado pela corda.

Falta de assistência

Elis Regina diz que tem gastado muito com a internação do filho, principalmente com fraldas descartáveis. Luiz Henrique não consegue sentar, nem levantar e passa os dias deitado na cama do hospital.

“Nunca me deu nada, só perguntou o número da conta e eu mandei. Falei que queria R$ 1 mil para manter as despesas porque fico de lá para cá e falou que ia comprar fraldas e mais coisas, ia falar com os amigos, mas não deu nada. Pedi esse dinheiro para fazer um teste. Ele pensa que vou ficar implorado para me dar dinheiro, não vou”, critica.

Sem emprego e dependendo de parentes para ficar com os outros dois filhos e para se manter, a mulher disse que vai em busca dos direitos. Ela trabalhava como vendedora em uma lojas, mas teve que sair para cuidar do filho.

“Um amigo dele veio de Porto Velho para me ajudar. Não tinha decidido dar parte ainda, nunca depositaram nada, compro remédios para ele porque tem epilepsia, produtos de limpeza para ele e as despesas ficam nas costas do pai dele, que deposita dinheiro de Porto Velho para me ajudar”, afirma.

G1

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