Criança com paralisia cerebral é adotada por casal de professores após 3 anos em abrigo no Acre

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Criança estava em abrigo de Brasileia após ter sido retirada da mãe biológica por causa de maus-tratos. Casal rondoniense se deslocou até Xapuri para conhecer filho.

Foi com um sorriso no rosto e no colo da nova mãe que um menino de 4 anos de Xapuri, interior do Acre, deixou o abrigo Alto Acre em direção a uma nova vida: um lar com os irmãos e os pais adotivos. A Justiça acreana concedeu a guarda provisória da criança, que tem paralisia cerebral, para um casal de professores de Rondônia (RO).

A criança estava no abrigo há mais de três anos após a Justiça determinar que saísse dos cuidados da mãe biológica por causa de maus-tratos. Para conhecer o filho, o casal, que tem dois filhos biológicos, um menino de cinco anos e uma menina de 11, viajou até o estado acreano para buscar o filho e retornou para casa na terça-feira (15).

Na quarta (16), o menino foi recepcionado pelos demais parentes no estado rondoniense e iniciou o processo de adaptação e convivência por seis meses com a nova família. Após esse período, a Justiça vai definir se concede ou não a guarda definitiva para o casal.

O G1 conversou com o pai adotivo da criança. A pedido da família, a reportagem não vai divulgar o nome do menino e nem dos pais.

“É alguém que estava sendo aguardado há muito tempo, deu tudo certo até aqui e sabemos que estamos no início. Às vezes, tem toda essa questão da euforia, até pela própria criança, vamos ter os desafios de uma família comum, de irmãos que se desentendem, mas isso é família. Ao final do processo, ou até mesmo antes, vamos pedir a guarda definitiva dele”, contou o pai.

O menor estava instalado no Abrigo Alto Acre, em Brasileia, cidade vizinha, porque Xapuri não tem abrigo infantil. A audiência que concedeu a guarda ocorreu na Comarca de Xapuri, presidida pelo juiz de direito Luis Gustavo Pinto, com a presença de representantes do Ministério Público do Acre (MP-AC) e da Assistência Social do abrigo.

“Não pensamos de forma nenhuma reaver ele para situação em que estava, isso só irá acontecer se for para o bem dele. É uma criança muito especial, carinhosa e atenta ao que está acontecendo. Mesmo com as limitações dele, se vira muito bem, é muito amável e acolhe muito bem as pessoas. Meus outros filhos abraçam, beijam ele. Foi fácil essa relação pela forma como ele é com as pessoas”, disse o pai, orgulhoso.

G1

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