O sonho de integrar o Acre com o Peru via Vale do Juruá será o tema do encontro de autoridades brasileiras e peruanas marcado para acontecer no próximo dia 25 de setembro na cidade de Cruzeiro do Sul. O anuncio foi feito pelo vice-governador Major Rocha e pelo senador Márcio Bittar que estiveram reunidos na tarde desta quarta-feira, 9, com o Secretário-Geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Otávio Brandelli.
A agenda foi marcada pelo senador acreano, relator do Orçamento da União para 2021, e que tem se empenhado para garantir os recursos necessários para viabilizar a construção da rodovia binacional.
Durante o encontro foram apresentados vários fatores positivos para a concretização da integração, principalmente o aquecimento da economia entre as duas regiões, geração de emprego e renda, além de uma nova rota como alternativa de importação e exportação de produtos como proteína animal (carne de boi, porco e frango), hortifrúti e outros.
“Foi uma reunião bastante produtiva onde foram expostos vários pontos positivos de uma integração que beneficiará o mercado de importação e exportação do Brasil e do Peru, do turismo entre as duas regiões e o aquecimento na economia e a geração de emprego e renda. Como encaminhamento foi marcado um encontro para o próximo dia 25 de setembro em Cruzeiro do Sul, onde estarão presentes autoridades brasileiras e peruanas, senadores, a nossa bancada federal, além dos representantes dos departamentos de Ucayali e de Madre de Dios e empresários locais, para apresentamos todo o projeto e planejamento de integração pro via aérea e terrestre”, anunciou Major Rocha.
Outro ponto a ser tratado no encontro será a possibilidade de pelo menos dois voos semanais entre Cruzeiro do Sul e Pucallpa, proposta tratada em reunião com Roque Felizardo e Diogo Arbigaus, diretores da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), na manhã de hoje, em Brasília.
Especificamente nesta reunião, Rocha tratou a possibilidade da construção e execução de um acordo transfronteiriço para um tratamento diferenciado para os voos nesta região na questão de ser considerado “voos nacionais” ou domésticos, o que implicaria em custos inferiores a 50% dos voos internacionais com tarifa e outras vantagens, como a isenção do ICMS para a empresa aérea que atuar no setor.