No Polo Agroflorestal Benfica, localizado no bairro Vila Acre, em Rio Branco, vive o produtor rural Valdomiro Bento. A propriedade de 12 hectares é a única fonte de renda dele e de sua família. Valdomiro já apostou em diferentes culturas para trabalhar, mas foi com o leite que ele descobriu uma grande oportunidade de aumentar o lucro, de forma ambientalmente sustentável e saudável para os animais.
“Eu produzia feno aqui, mas não deu certo. Foi quando recebi um médico veterinário da Universidade Federal do Acre (Ufac) que me desafiou a investir na bacia leiteira. Eu tinha uma caminhonete, vendi e investi tudo em vacas e equipamento para dar suporte”, disse o produtor.
A propriedade de Valdomiro se tornou referência na cadeia leiteira da capital, tanto que ele foi um dos produtores que fez parte das discussões da Prefeitura de Rio Branco para criação e implementação do Plano Municipal da Agricultura Familiar e está entre os agricultores com grande potencial para investimento em turismo rural.
“Nós estamos nos preparando para investir no Turismo Rural. Essa é uma aposta da prefeita Socorro Neri que acredita no potencial dos nossos produtores. O Valdomiro tem aqui uma experiência de sucesso, pois além de ter uma excelente produção de leite e derivados, ele desenvolve o manejo sustentável da atividade”, explicou o secretário Municipal de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Econômico (Safra), Paulo Braña.
Atualmente, são produzidos 100 litros de leite por dia. Ele tem 22 vacas e cada uma produz em média 6,5 litros, sendo que a média do estado é 3,8. “Aqui nós ajudamos a alimentação dos animais, ajudamos no controle leiteiro, com pesagem, avaliação técnica, de forma que temos o histórico de todos os animais”, explicou o médico veterinário, da Ufac, Eduardo Mitke.
Os animais comem uma mistura do capim napiê com ureia, que representa proteína e energia. O curral é limpo, silencioso e proporciona aos animais um ambiente tranquilo para ordenha, fator que é muito importante na produção do leite. Os bezerros e as vacas só tomam água de poço semiartesiano, com captação de reservas mais profundas e de melhor qualidade.
Valdomiro também produz cerca de 10 queijos por semana, todos já com venda garantida. Além disso, Valdomiro reaproveitou dois hectares de terra e plantou macaxeira.
“A ideia é que as famílias possam vir aqui, tomar um café da manhã regional, com produtos diretos da fazenda, possam ter a oportunidade saber como é feita a ordenha, como são produzidos os queijos, e possam ter um contato maior com a natureza. É isso que nós queremos proporcionar. Além disso, poderá ser mais uma fonte de renda para o produtor”, enfatizou Braña.
Ascom