Homem passou por uma audiência de custódia on-line e foi encaminhado para o presídio de Rio Branco na sexta (14).
O pai suspeito de matar o filho de 6 anos com um corte no pescoço foi encaminhado para o presídio de Rio Branco nessa sexta-feira (14), após audiência de custódia on-line. A informação foi confirmada pela Polícia Civil do Acre.
O homem foi preso em flagrante na quinta (13) no bairro Bahia Nova, na capital acreana. O crime ocorreu na madrugada de quinta, mas a mãe só percebeu que o filho estava morto pela manhã quando foi no quarto das crianças.
O marido tentou fugir, mas foi contido, preso e levado para a Delegacia de Flagrantes por policiais civis da 1ª Regional da capital. O suspeito chegou rindo à delegacia.
Além do menino de 6 anos, o outro filho do casal, um bebê de 5 meses, dormia no berço ao lado do irmão.
Em depoimento, o servente de pedreiro falou que teve um surto pela abstinência de drogas, foi na cozinha pegar uma faca e seguiu para o quarto dos filhos.
Após degolar o filho mais velho, o suspeito voltou para a cama, deitou ao lado da mulher e dormiu até de manhã. As informações foram repassadas ao G1 pelo delegado responsável pelo caso, Frederico Tostes.
Sem arrependimentos
Além do suspeito, a polícia ouviu também a mãe das crianças e um pastor, para quem o suspeito estava trabalhando. No depoimento, o homem não demonstrou arrependimento, segundo a polícia.
“Falou que há três semanas deixou de usar drogas, na abstinência teve uma perturbação mental e fez isso. Não ficou muito claro no depoimento, não falou muito. Disse que de madrugada pegou a faca e cortou o pescoço da criança. Perguntei se ele se arrependeu e disse: ‘não é tão simples assim’. Não quis falar que estava arrependido. Sem arrependimentos”, explicou o delegado.
O suspeito teria ainda ligado para um pastor, mas não falou nada e desligou o telefone.
“Ele deitou para dormir, levantou de manhã como se nada tivesse acontecido. Ele estava indo para a igreja para sair do vício, fazendo um trabalho voluntário”, destacou.
Além do suspeito, a polícia também ouviu a mãe das crianças e o pastor como testemunhas. A mulher afirmou que o marido sempre foi cuidadoso com os filhos e nunca agrediu eles.
“Ela falou bem dele, disse que sempre foi uma pessoa boa, nunca agrediu, na hora de educar não agredia. Ela estava dormindo, não ouviu nada. Acordou de manhã com ele abrindo a porta e quando estava saindo viu a criança morta e gritou”, lamentou o delegado.
A Polícia Civil informou também que o suspeito vai ser indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe.
G1