Funcionária do Araújo morta durante racha é sepultada sob pedidos de justiça

Jonhliane Paiva de Souza, de 30 anos, que morreu de maneira trágica na última quinta-feira, 6, ao ser atingida por um carro modelo BMW durante um racha envolvendo ao menos dois homens na Avenida Antônio da Rocha Viana, foi enterrada no cemitério Morada da Paz na manhã desta sexta-feira (7). Após o velório, que ocorreu na Igreja Adventista do Sétimo Dia, situada no bairro Preventório, amigos e familiares se dirigiram ao sepultamento da mulher.

O velório e o sepultamento foram marcados por muita emoção e pedidos de justiça por parte da família da jovem. Nas redes sociais, há também muita comoção da sociedade acreana em torno do acidente. Informações de testemunhas contam que o principal suspeito apontado de envolvimento no caso, o fisioterapeuta Ícaro José da Silva Pinto, de 33 anos, fugiu do local logo após a colisão, sem prestar socorro à vítima.

Jhonliane estava a caminho do trabalho, dirigindo uma motocicleta modelo Biz, quando foi atingida pela BMW. Ela era colaboradora da Rede Arasuper de supermercados em Rio Branco há mais de sete anos. A empresa divulgou uma nota emitindo pesar pela morte da funcionária.

O ac24horas apurou que a BMW envolvida no racha estava com a taxa de licenciamento atrasada desde 2018. Além disso, o condutor Ícaro, possui 28 multas registradas em seu nome e é alvo de dois processos por inadimplência. O carro de luxo que ele dirigia está no nome de seu pai, o advogado aposentado e ex-juiz eleitoral do Acre, José Teixeira Pinto. Ele também é filho da presidente do Sindicato dos Professores da Rede Pública de Ensino do Estado do Acre (SinproAcre), Alcilene Gurgel.

A BMW foi recolhida e levada para o pátio do Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran/AC). A Delegacia da 1ª Regional da Polícia Civil ficou responsável por apurar o caso. Já foram coletadas as provas no local do acidente, realizada perícia e a polícia pegou imagens das câmeras de segurança próximas do local.

Imagens de câmeras de segurança de estabelecimentos da região mostram momento em que os veículos transitam em alta velocidade na avenida. O ac24horas tentou contato com a família do envolvido, mas não conseguiu. A mãe do acusado, a professora Alcilene Gurgel, disse: “não estou no Acre e no momento não tenho condição de falar sobre o assunto. Desculpa”.

Ac24horas