Edvaldo diz que a Fênix Soft trabalha para o superendividamento do servidor público

Durante sessão virtual realizada nesta terça-feira (11), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) se posicionou acerca da substituição da empresa que gerencia a plataforma dos empréstimos consignados no Estado. O parlamentar denunciou que a nova gerenciadora, Fênix Soft, atua para beneficiar o governo e superendividar o servidor público.

A Fênix Soft passou a gerenciar a plataforma de empréstimos consignados feitos por servidores públicos, em substituição a Zetra Soft, que até então era quem prestava esse serviço. Edvaldo acusa a Fênix de aumentar muito a margem de empréstimo dos trabalhadores, o que, de acordo com ele, os deixará com dívidas altas junto aos bancos e financeiras.

“Nós debatemos muito aqui sobre os empréstimos consignados, pactuamos um texto estabelecendo um teto para os descontos e empréstimos de 35%. Agora a Fênix, com todo apoio do governo, oferece além desse percentual, mais 15%, totalizando 50% de margem consignável”, explicou.

Para o deputado, essa medida causará um superendividamento maciço entre os servidores que buscarão o empréstimo podendo comprometer 50% de seus respectivos salários. Outro ponto apontado por Magalhães seria de que a Fênix Soft, assim como outras empresas que prestam serviços para o governo, é de origem manauara.

“Seria muita coincidência que várias empresas que hoje prestam algum tipo de serviço ao governo do Acre tenham suas matrizes em Manaus. Essa que vos falo, ofereceu um ganho a mais de R$ 100 mil por mês para o Fundo de Capacitação dos servidores, uma espécie de benefício ao governo para ser contratada, algo estranho”, disse.

O parlamentar acrescentou ainda que o benefício oferecido pela Fênix para pagar ao governo e receber o contrato para operacionalização no Estado, cairá no colo do servidor público que fizer empréstimos, pois este terá que pagar altos juros.

“Denuncio, jogaram o salário do servidor no guiza. O cartão Avancard, oferecido pela Fênix, é a forma de superindividar os trabalhadores e ganhar milhões deles através dos juros. Esse tipo de operação é proibida! Estão armando uma arapuca para endividar os trabalhadores e enriquecer a empresa”, finalizou.

Agência Aleac