O PCdoB pediu ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que reavalie a concessão do direito de prisão domiciliar de Sara Winter, investigada no inquérito das manifestações antidemocráticas, aberto no STF a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). A investigada vazou informações pessoais da menina de dez anos que foi vítima de estupro e acabou engravidando do ato criminoso.
A deputada Perpétua Almeida, líder do PCdoB, argumenta que Sara descumpriu o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Constituição ao promover “calúnias, estimulando a agressão de pessoas e instituições”, “Neste caso gravíssimo, agindo com crueldade inominável, violando mais uma vez os direitos fundamentais de uma criança que já foi vítima de tantos atos bárbaros de violência sexual e psicológica”, afirma por meio de nota encaminhada pela assessoria.
Nas informações publicadas por Sara Winter no último domingo (16) foram revelados o local onde a menina passaria por um procedimento de aborto legal e o nome da vítima. Fundamentalistas religiosos se reuniram no local para tentar impedir a cirurgia.
Na segunda-feira (17), a Justiça determinou a retirada dos posts feitos por Sara Winter, alegando constrangimento à vítima e sua família. Também na segunda, o Psol entrou com uma representação no Ministério Público e na Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão contra a Sara Winter.
A extremista Sara Winter liderava o movimento 300 do Brasil,, que permaneceu acampado na Esplanada dos Ministérios em Brasília entre os meses de maio e junho. O grupo organizou uma série de manifestações pedindo o fechamento do Congresso Nacional e do STF. No dia 15 de junho, Sara Winter foi presa. Na semana seguinte, no dia 24 de junho, foi concedido a ela o direito à prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica. Sara ficou também proibida de manter contato com parlamentares bolsonaristas e teve sua conta no Twitter suspensa por ordem judicial.
Com informações do Congresso em Foco