Mais do que um colega de profissão, um amigo, irmão e companheiro. É assim que o técnico em vigilância Luecildo Ferreira Fiesca, de 54 anos, é descrito pelos servidores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito de Rio Branco. Os profissionais fizeram algumas homenagens para se despedir de Fiesca.
No enterro, que ocorreu na tarde de segunda-feira (6), os colegas soltaram balões brancos como homenagem. Outra forma de se despedir do profissional foi mandar mensagens em vídeos divulgados na internet.
Em um deles, os profissionais da UPA seguram cartazes e pedindo que Deus receba o amigo no paraíso. ‘‘Todos nós estamos de luto”, diz o restante do texto.
A gerente-geral da UPA, Dora Vitorino, disse que Fiesca trabalhava na unidade há mais e 10 anos.
“Era mais do que um funcionário, era amigo e parceiro de muitos. Uma pessoa super tranquila, não alterava a voz, ajudava muito e sempre estava disposto. Era uma pessoa muito próxima, era meu amigo particular, morava perto da minha casa”, se emocionou a gerente.
Trabalho por amor
Fiesca ficou 18 dias internado desde que descobriu que estava infectado. A sobrinha ele, Laudiceia Ferreira, contou que o tio era diabético e foi aconselhado pela família a não continuar trabalhando por ser do grupo de risco.
“Ele gostava muito do que fazia, amava a profissão. É tanto que o irmão dele pegou e ele ficou ajudando o irmão na UPA. O tio e primo também pegaram e ele ajudou. Pedimos para não ir porque era o grupo de risco, mas amava ajudar as pessoas. Acho que pegou trabalhando mesmo, era ele quem fazia a coleta e estava no grupo de frente”, acrescentou.
O técnico ficou cerca de dois dias internado na UPA. De lá foi transferido para o Into, onde ficou na UTI. Ao ser internado, ele descobriu que os pulmões estavam muito comprometidos e os rins estavam parando.
“Estava com falta de ar e pediram para transferir ele para o Into. Passou 18 dias lá, fizeram uma filmagem no dia que foi no Samu, pessoal dizendo que eram apenas alguns dias, que logo ia voltar. Mas, não voltou mais, infelizmente”, lamentou.
Ainda internado, Fiesca recebeu uma carta do filho e ligações da esposa. Nas conversas, os dois fizeram planos para o retorno, falaram da expectativa da saída do hospital e prometeram que tudo ia ficar bem.
“Os médicos leram a carta para ele, colocaram o telefone para ele falar com a esposa, ela disse que estava torcendo e esperando por ele. No domingo veio a notícia. Todos estão chocados. Era muito querido, muito conhecido na Cidade Nova, na região do Segundo Distrito”, finalizou.
Fonte: G1 Acre