Para 43% dos empresários, novas políticas de funcionamento devem viabilizar volta do comércio

Aproximadamente 43% dos empresários rio-branquenses disseram acreditar que devem ser viabilizadas fórmulas adequadas para o funcionamento seguro do comércio, mesmo com as obrigações de higienização e distanciamento social. A estimativa é do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/AC, por meio do Instituto Fecomércio de Pesquisas Empresariais do Acre (Ifepac), com pesquisa realizada junto a 66 comerciantes no período de 23 a 30 de junho. Por conta da quarentena, o estudo foi feito de maneira remota.

Para outros 20%, o investimento em plataformas para vendas à distância se apresentaria como a alternativa mais viável para a situação sanitária vivida pela sociedade em geral, ainda segundo o levantamento. Outros 15% disseram ter receio em não alcançar o faturamento adequado no segundo semestre.

Mesmo com a pandemia do novo coronavírus agravada no Estado em meados do mês de março, obrigando o fechamento compulsório da maioria dos segmentos de comércio, 11% dos entrevistados afirmaram haver alcançado bom nível de vendas no primeiro semestre, seguidos por 43%, que avaliaram níveis de vendas regular; 34% , que classificaram como ruim e; 12%, como péssimo.

De acordo com o levantamento, para 31% dos empresários, o uso do whatsapp como ferramenta para transações comerciais deve ser intensificado nas atividades de compra e venda em suas empresas. A pesquisa destacou, também, outros 31% que vislumbraram o maior uso da tecnologia para alcançar o máximo de clientes do mercado local.

Ainda sobre os serviços de adequação comercial, 19% dos empresários disseram estudar formas de adaptação de horários comercial para melhor atendimento ao cliente local. Além disso, dentre as ameaças para o funcionamento do comércio local, 47% dos empresários de Rio Branco destacaram o aumento descontrolado das pessoas infectadas com o covid-19. Para outros 37%, a falta de crédito especial para o comércio nesse tempo de pandemia, representaria grande ameaça para os negócios de compra e venda num mercado em crise. O desemprego também seria a preocupação para 14% dos empresários entrevistados.

A atividade comercial no primeiro semestre viu-se muito prejudicada em razão das crises econômica e sanitária. Inclusive a crise da pandemia do novo coronavírus só acentuou mais o problema econômico do primeiro trimestre, que já demonstrava razoável fragilidade operacional de mercado. Porém, para 48% da classe empresarial de Rio Branco, o aspecto negativo mais contundente deveu-se a paralisação do comércio em razão da pandemia. Outros 30% debitaram o aspecto negativo à falta do crédito prometido e não viabilizado pelo governo federal. Para 18% dos empresários, apenas a concessão do “auxílio emergencial” contribuiu positivamente para o aquecimento do meio circulante de consumo doméstico. (Ascom Sistema Fecomércio/AC)