O empresário Jarbas Soster agiu com indignação diante da declaração da promotora de Defesa do Consumidor do Ministério Público Estadual (MPE), Alessandra Marques, de que abrirá investigação para apurar as denúncias de abusos de preços na venda de tijolos no estado.
Soster usou as redes sociais na manhã desta sexta-feira (17) para afirmar que o MPE precisa entender que 98% das empresas estão quebradas e não conseguem cumprir a legislação, e que um dos insumos mais importantes para a queima do tijolo vem de Rondônia.
Jarbas Soster afirmou que o momento não é de punir empresários e, sim, ajudá-los a sair do “buraco financeiro” em que foram colocados por conta do decreto de isolamento social que fechou empresas e comércios, levando à falência centenas de empreendedores.
“A lenha está vindo de 280 km de distância, exatamente porque o Acre não tem lenha. Uma crítica construtiva: levem apoio às empresas, com consultoria de entidades que ganham para isso. Vamos ajudar primeiro as empresas a saírem do buraco e depois, se crimes contra economia forem cometidos, é que o MP deve atuar”, frisou.
A decisão de investigar o suposto abuso de preço na venda de tijolos saiu no diário do Ministério Público nesta sexta-feira, 17, em Rio Branco.
Alessandra Marques pede que uma investigação do Procon seja feita em prol do consumidor acreano. Em alguns casos, o milheiro de tijolos passa de R$ 850 reais, diz a denúncia.
De acordo com um morador de Rio Branco, antes da pandemia o milheiro do tijolo era vendido de R$ 450 a R$ 500. Mas depois que o isolamento social foi decretado no Acre, as olarias aumentaram o preço do produto que chega a ser comercializado a R$ 850 reais em Rio Branco.
“Um milheiro de tijolos que custava em média R$ 500,00, em um mês subiu para R$ 750,00 / R$ 850,00 sem nenhuma justificativa plausível”, disse Richard Brilhante após levar o caso ao conhecimento do Procon e Ministério Público.