Inquérito Epidemiológico da Prefeitura de Rio Branco revela que população ainda está vulnerável a Covid

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Pelo menos 11 pessoas estavam sendo internadas na UPA com Covid-19 e com sintomas da doença/Foto: Odair Leal/Secom

Com o objetivo de avaliar a situação atual da pandemia de Covid-19 em Rio Branco, a Prefeitura realizou entre os dias 03 e 14 de julho o Inquérito Soro-epidemiológico aplicando testes rápidos em domicílios nos diversos bairros da cidade.

Concluído nesta quinta-feira (16), o resultado final do trabalho realizado pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) foi apresentado à prefeita Socorro Neri e revela que, pelo menos, 90% da população da capital ainda está vulnerável ao novo coronavírus.

VEJA AQUI O INQUÉRITO NA ÍNTEGRA

Dos mais de 139,3 mil domicílios de Rio Branco, distribuídos em 124 bairros, o relatório mostra que, utilizando a metodologia de pesquisa por amostragem, 1007 residências foram visitadas pelos agentes da Vigilância Epidemiológica, sendo que 959 testes e entrevistas foram validados. Destes, 83 pessoas tiveram resultado positivo ao exame, o que significa 8,7% de prevalência do vírus.

O médico Oswaldo Leal, coordenador do Comitê Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus, disse que o número já era esperado. “Nós sabemos que existe uma subnotificação nos registros oficiais, que tem a ver com a prioridade da realização dos exames sorológicos de Covid-19 para pacientes graves em unidades hospitalares. Esse número de pessoas que identificamos corresponde às pessoas que apresentaram sintomas leves, ou que confundiram os sintomas com os sintomas da gripe e por isso tiveram positividade, mas que não utilizaram a rede de saúde para a realização de testes”, avaliou.

Das 959 pessoas testadas e entrevistadas, 11,4% fizeram algum tratamento e foram relatados 3 casos de internação; 30,2% apresentaram sintomas de Covid-19 anteriormente, tais como: febre, dor de cabeça, coriza e tosse, principalmente; 33,9% tiveram contato com casos confirmados da doença; 57,4% declararam que não tiveram e 8,8% não souberam responder; das pessoas que disseram ter contato com o vírus, 62,2% declararam que foi em casa e 22,9% no trabalho, em outras respostas aparecem também transporte, banco e unidades de saúde.

Pela dinâmica de trabalho da Semsa, a cidade é dividida em 10 regionais de saúde e o Inquérito Epidemiológico mostra que as mais afetadas são: Tancredo Neves, Floresta e Baixada da Sobral, onde a partir da próxima semana os moradores receberão atenção especial no sentido de identificação de pessoas com sintomas de gripe para que recebam o tratamento adequado, segundo explicou Oswaldo Leal.

“Esta importante ferramenta de investigação nos possibilitou identificar a real situação da propagação do novo coronavírus em Rio Branco, planejar as futuras ações integradas e avaliar o que vivenciamos até agora nesta pandemia. Nos mostra também a importância da atenção primária no enfrentamento à doença, percorrendo os bairros, atendendo as pessoas com sintomas de Covid-19, promovendo isolamento adequado e o tratamento oportuno”, detalhou.

Isolamento social e cuidados pessoais

Outra conclusão importante do Inquérito Epidemiológico é a necessidade da continuidade das medidas de isolamento social para prevenir a propagação do novo coronavírus, assim como o uso de máscaras e a higienização constante das mãos.

O inquérito mostrou também a importância que a comunidade dá ao isolamento social. Das 959 pessoas entrevistadas, a maioria mulheres, 96,1% acham que é importante o distanciamento social e 75% atribuíram nota 10 quando perguntadas sobre o grau de importância disso; 91,7% cumprem a medida; 45,3% sai de casa apenas para realizar atividades essenciais; 10,2% apenas para ir ao trabalho e 19,6% não saem.

“Pudemos notar também o esforço que cada um faz para que isso aconteça e as dificuldades que têm para não realização ou realização parcial do isolamento social. Estes itens são fundamentais para que possamos contribuir ainda mais com a orientação dessas comunidades em relação aos cuidados no domicílio e em relação aos cuidados que as pessoas precisam ter quando saem de suas residências para o trabalho ou outro tipo de atividade. Desde os cuidados individuais como o uso de máscaras e a higienização das mãos, até os cuidados coletivos que é manutenção da distância segura entre as pessoas que recomendamos que seja de pelo menos de 1,5 metro”, reforçou Oswaldo Leal.

O médico, que coordena o Comitê Municipal de Enfrentamento ao Coronavírus, agradeceu o empenho da equipe e a analisou como satisfatório o resultado final da ação. “Essas conclusões mostram que estamos num bom caminho de enfrentamento à pandemia em Rio Branco, em parceria com o governo do Estado, promovendo a orientação e também o cuidado com as pessoas a partir das comunidades, com as nossas Unidades de Saúde da Família [USFs], com as Unidades de Referência [Uraps], a oferta dos exames necessários e dos medicamentos que são utilizados no tratamento da Covid-19”, finalizou.

Ascom Prefeitura de Rio Branco

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