O Laboratório Charles Mérieux, em Rio Branco, deve ganhar mais um robô acelerador no valor de R$ 115 mil para aumentar a quantidade de diagnósticos de Covid-19. A informação é de Andrea Stocker, gerente-geral do laboratório, que é referência no atendimento no estado acreano.
Um robô acelerador já é usado nas testagens desde o início do mês de maio. Antes do equipamento chegar, o laboratório fazia 96 exames por dia. Após a aquisição, são feitos 256 testes diários, quando não há falta de material.
Andrea Stocker disse à equipe da Rede Amazônica Acre que o recurso para compra do robô já foi liberado, mas não confirmou se já foi feita a compra e nem o prazo para entrega.
Com a aquisição, vão ser feitos até 600 exames por dia. Atualmente, são feitos até 300. Ele falou ainda sobre as dificuldades para comprar materiais e insumos durante a pandemia.
“Temos dificuldades para comprar o material porque tudo está com o prazo longo, preciso comprar agora para daqui a seis e oito semanas. Isso é desde o pequeno tubo de PCR, luvas e tudo que precisamos para nossa análise é difícil comprar atualmente. O robô está funcionando certinho, conseguimos 300 análises por dia com ele e o governo já liberou uma verba para comprar um segundo equipamento do mesmo tipo e vamos alternando para fazer 500 até 600 análises por dia”, acrescentou.
Baixa testagem
Gerente ressaltou que mesmo com a ajuda do robô, a testagem ainda é baixa em Rio Branco. Ele disse que o Acre ainda não atingiu o pico de casos do novo coronavírus.
O Acre terminou o mês de junho com a marca de 13.253 infectados. Destes, 365 vítimas morreram com a Covid-19 e outras 7.346 são consideradas curadas.
Com a baixa testagem, Stocker afirmou que não é possível saber onde exatamente o estado se encontra na curva da doença
“Até agora não está melhorando. Em geral, estamos testando pouco para essa fase da pandemia e ainda não chegamos no pico, infelizmente, e é o jeito das pessoas, não ficam em casa como devem, encontram com amigos, com familiares e tudo isso está deixando a pandemia andar e ficar com o nível alto de casos. Como não podemos analisar a população em geral, não temos uma visão certa de onde estamos, mas não diminuiu nada”, lamentou.
G1