Com carreira marcada por privilégios, Ulysses se aposenta da PM em mais uma jogada política

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Uma das carreiras mais meteóricas de um policial na corporação da Polícia Militar do Acre teve fim nesta quinta-feira (2), quando o coronel Ulysses Araújo entrou para a reserva da corporação aos 47 anos de idade.

Conhecido como um dos oficiais mais jovens da América Latina, na época em que era major, e com uma carreira marcada por privilégios como a realização de cursos de especialização fora do país que enriqueceram seu currículo, Ulysses entra para a reserva com o peito cheio de méritos conquistados por gestões políticas que lhe foram sempre favoráveis permitindo que ele conseguisse as liberações para cursos e alçasse voos mais altos em termos de rechear o currículo.

Ulysses Araújo começou a mostrar a veia política muito cedo dentro da corporação ao se entender com a gestões petistas do passado e logo depois mostrou interesse em disputar um cargo político. Em um dos momentos, em 2018 chegou a se ajoelhar perante o Comando-Geral da Polícia Militar em uma espécie de espetáculo de vitimização para logo após se lançar candidato a governador.

Convidado para compor a equipe de Gladson Cameli, Ulysses iniciou um canal no YouTube que seria em tese para divulgar a corporação, mas que servia como uma espécie de autopromoção já que ele aparecia bastante. Na última semana de junho, Ulysses publicou uma nota estranha onde se eximia das ações truculentas da PM durante o movimento pelo fim do isolamento social e dava a entender que a culpa seria do governador. Ali ele começava a buscar a própria exoneração.

Segundo pessoas de dentro da própria coorporação, a intenção seria se vitimar mais uma vez. A tática não deu certo. Com o governador imerso na crise sanitária imposta pela Covid-19, o mal estar causado por Ulysses não foi prioridade e ele mudou a tática. Pediu exoneração, partiu para a reserva e logo mais assumirá o PSL no Acre.

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