Briga de religiosos, falta de projeto político e o coronavírus: o drama de Gladson Cameli

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A tempestade perfeita de Gladson Cameli

Poucos governadores do Acre enfrentaram tantas situações adversas como Gladson Cameli enfrenta nos últimos dois anos. Ao lado de aliados que tramam contra ele, mediando conflitos que vão de templos a paróquias, sem uma base coesa e governando em meio à uma pandemia antes nunca vista. Ele vive a tempestade perfeita no sentido de que há nela todos os fatores combinados.

Todos com interesses pessoais

Não adianta escamotear. Neste grupo liderado por Gladson Cameli e, que chegou ao poder em 2018, não há um que pense coletivamente em um projeto de grupo a longo prazo. Todos defendem pautas e interesses pessoais.

Não é para ser assim

Os interesses pessoais são personificados e escancarados em indicações como a de Marfisa Galvão, esposa do Senador Petecão, para compor uma chapa majoritária, nos interesses pessoais dos Bestenes, no projeto familiar de poder e extensão da família Rocha e nas miudezas paroquiais ao tentarem que os projetos do clãs familiares se sobreponham aos interesses de Estado.

Projeto familiar

A ‘birrinha’ que Vagner Sales faz, o jogo de adiamentos, ansiedades e pressão nada mais é do que a tentativa de fortalecimento da sua família na política onde a esposa e filha já desempenham mandatos e onde o filho, sem preparo, é fantasiado para ser um pretenso candidato a prefeito de Cruzeiro do Sul. Não há sequer tentativas de disfarces nisso.

Sem sentido

Não faz sentido moral que o vice-governador, Wherles Rocha, una forças a uma figura política como coronel Ulysses, que fez na PM uma carreira meteórica, tirando proveito em todos os governo ao conseguir sempre estar viajando e se atualizando e que abandonou a corporação em meio à pandemia.

Não faz sentido II

Não faz sentido formar aliança com alguém que aos 47 anos optou pela aposentadoria, depois de ter a melhor formação que o Estado poderia oferecê-lo e largou a farda e o Comando em meio ao caos. É o tipo de aliança que só faz sentido em briga vazia de poder pelo poder.

Complicou de vez

Somado à desunião do seu grupo, que chegou ao poder formado por 11 partidos que somados não da 1 em essência, Cameli lida ainda com conflitos antes não imaginados por um governo. Grupos religiosos resolveram brigar. Isso em um estado onde política é questão vital e religião sempre foi tabu.

Caldeirão de forjar loucos

Não bastasse a pressão que os pastores estão fazendo para a reaberta dos templos, agora vem o padre Mássimo Lombardi pedir que Gladson não ouça apenas a Associação de Ministros Evangélicos. A birra do padre era o ingrediente que faltava nesse caldeirão de forjar loucos.

Pressão dos dois lados

De um lado a pressão dos evangélicos pela reabertura dos templos, algo temerário e sem sentido nesse momento de pandemia, e do outro a pressão dos católicos pela não reabertura. Fica difícil para o governador decidir se acende uma vela ou se ajoelha para orar.

Pode optar por se dobrar

Na metade do mandato e administrando uma crise sanitária sem precedentes, chegou a hora de Gladson Cameli mostrar a sua força de caráter. Se deixar se dobrar pela pressão dos aliados gulosos e não focar no que é fundamental para os acreanos, o
governador poderá tomar um caminho sem volta e que lhe custe a reeleição futuramente.

Moisés Diniz

Independente de ideologia política, Moisés Diniz é um dos melhores quadros políticos do Acre. Cameli acertou em convidá-lo para o governo.

Bom dia a todos

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