Conhecida por sua atuação política em questões relacionadas ao meio ambiente, Marina Silva (Rede-AC) disse, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é “o Jim Jones da destruição ambiental”.
A referência da candidata à presidência de 2018 foi ao fundador da seita Templo dos Povos, que levou centenas de seus seguidores a cometerem um assassinato/suicídio em massa em novembro de 1978 em Jonestown, Guiana.
Marina Silva fez a citação ao ser questionado sobre uma declaração recente de Bolsonaro de que o solo da Amazônia seria fértil e a floresta se reconstituiria sozinha quando a deixa de ser explorada. Ela contestou a afirmação do presidente e chamou de covardia verbal dizer que indígenas e caboclos causam “parte considerável” do desmatamento.
“Isso é mais uma insanidade, uma coisa incompreensível. Bolsonaro é o Jim Jones da destruição ambiental. A Amazônia não tem um solo fértil a princípio. Por ser uma floresta densa, a fauna e a vegetação, graças à umidade, criam uma camada de nutrientes para esse solo. Mas é uma camada fina. Aquilo tudo vai embora com as chuvas torrenciais da Amazônia e também com as queimadas”, disse.
UOL