Acre regulamenta programa que obriga produtores a recuperarem áreas degradadas

Lançamento do Programa de Regularização Ambiental foi feito ano passado e governo começa a regularizar as medidas a partir de agora.

Um grupo composto por membros de pelo menos quatro secretarias estaduais foi criado para desenvolver ações e mecanismos para definir a implementação das ações de efetivação da compensação de Reserva Legal no estado do Acre, que atua na regeneração das áreas de florestas que seria feito por meio de Cotas de Reserva Ambiental (CRA).

No ano passado, o governo fez o lançamento do Programa de Regularização Ambiental (PRA), que passa a ser regulamentado agora.

No Acre, a recuperação é feita por meio de viés econômico, no qual o estado apoia o produtor a recuperar a área por meio de regeneração, ou seja, quando é feito o isolamento e deixa a floresta sozinha se regenerar, de forma natural. Ou ele vai pegar mudas e fazer um novo plantio.

A portaria que cria o grupo foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), desta terça-feira (28). E o grupo de trabalho vai criar os procedimentos e instrução processual para que o produtor que tem uma área de terra consolidada possa usufruir da compensação.

Para isso, eles vão avaliar e acompanhar os critérios e procedimentos técnicos e jurídicos, segundo explicou Cláudio Cavalcante Chefe do escritório do CAR/PRA da Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema).

“Nós ainda não temos o dispositivo legal da compensação. Então quando fizemos nosso marco regulatório foi complicado finalizar tudo e desde de 2019 a secretaria tem se debruçado a fazer isso. O GT vai criar os procedimentos para o procedimento processual da seguinte situação e isso vai beneficiar muito os médios e os grandes. Então o produtor tem uma área de 500 hectares e ele teria que recuperar 250 hectares. Como ele já tem essa área consolidada, se ele tiver a possibilidade de usufruir da compensação é melhor, ou seja, ele procurar uma área do mesmo tamanho e ele vai fazer uma tratativa técnica e jurídica para que ele possa compensar em um outro imóvel e ali ele tem a manutenção por meio de um outro imóvel e continua fazendo o trabalho”, explicou

A portaria dá um prazo de 120 dias para apresentação aos órgãos que compõem o grupo, relatório final com a proposta de fluxos e normas para implementação das ações para efetivação da compensação de reserva legal.

“Esse grupo veio promover essa possibilidade de ter a compensação como instrumento de regularização ambiental. Os imóveis rurais hoje, para fins de financiamento, e início de atividades, as instituições pedem que elas estejam regularizadas e isso requer que elas estejam em dia com o órgão ambiental e é para isso que o grupo vai atuar para a regularização do imóvel”, acrescentou.

O grupo vai ser coordenado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e também vai ser composto pelo Instituo de Meio Ambiente do Acre (Imac), Instituto de Terras do Acre (Iteracre) e Procuradoria Geral do Estado (PGE).

“A Sema está se debruçando através desse grupo de trabalho para fazer com que a gente melhore nosso marco regulatório que apoia o Programa de Regularização Ambiental (PRA) e todos os estados têm o seu. E ele possibilita ao produtor poder regularizar o imóvel dele”, pontuou.

G1