Os promotores de Justiça Daisson Teles e Vanessa Muniz apresentaram ao governador Gladson Cameli, na noite desta segunda-feira, 1, um relatório elaborado pelo Ministério Público Estadual (MPAC) referente ao atendimento, estrutura e condições de trabalho oferecidos em quatro hospitais administrados pelo Estado do Acre.
De acordo com os promotores, irregularidades foram encontradas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito, Fundação Hospitalar (Fundhacre), Instituto de Ortopedia e Traumatologia (Into-AC) e Pronto-Socorro de Rio Branco.
Os membros do MP demonstraram-se preocupados com a aglomeração de pessoas que procuram a UPA do Segundo Distrito para a realização do teste de coronavírus. No Pronto-Socorro, os promotores constataram a presença de pacientes nos corredores da unidade e receberam a queixa de servidores em relação às condições de trabalho.
Em relação ao Into, os promotores perguntaram sobre o prazo de funcionamento por completo do hospital de referência para o tratamento da Covid-19, em Rio Branco. Outro questionamento levantado diz respeito aos profissionais de saúde da Fundhacre que não se juntaram à linha de frente no combate ao coronavírus.
Daisson Teles e Vanessa Muniz também reconheceram o empenho do governo desde a confirmação dos primeiros casos da doença e enfatizaram que o relatório apresentado é uma maneira de ajudar o Estado a identificar falhas e corrigi-las.
Governador demonstra disposição e pede ajuda para solucionar problemas expostos
“Gostaria de agradecer os promotores do Ministério Público Estadual por nos alertarem dos problemas encontrados em nossos hospitais. Infelizmente, isso já vem de muito tempo e é uma situação que considero a mais desafiadora de todas. Vamos trabalhar para encontrar uma solução para isso o quanto antes”, declarou o governador Gladson Cameli ao receber o relatório.
Gladson aproveitou a oportunidade para elogiar a atuação do MPAC em ações que são de interesse da sociedade e deixou claro que um dos pilares de sua gestão é a transparência. Cameli disse estar disposto a fazer o que for necessário para melhorar o Sistema Público de Saúde e solicitou ajuda das instituições na elaborações de medidas que resultem em avanços.
“Sozinho, o governo não consegue resolver essa situação da Saúde. Quero dizer que estamos abertos a propostas do Ministério Público e de outros órgãos controladores para que possamos tomar as melhores decisões. Nosso governo é totalmente transparente, não toleramos corrupção ou qualquer tipo de atitude que venha colocar a vida de pessoas em risco. Com saúde não se brinca. Estamos trabalhando para melhorar nossa estrutura, o atendimento as pessoas e oferecer melhores condições de trabalho para os nossos profissionais”, argumentou.
Secom