Rocha diz que rejeição da executiva local do PSL não vai impedir sua ida ao partido

O vice-governador do Acre Wherles Rocha (PSDB) afirmou, ainda na quarta-feira (24), que a rejeição por parte do PSL sobre sua ida ao partido não vai atrapalhar os planos de filiação, caso decida migrar. Ele tem até quarta da semana que vem para dar a resposta.

“Ficaria um clima que nós não queríamos, mas isso não vai impedir que a gente vá para o partido e dê um novo rumo para ele”, declarou, em entrevista coletiva em seu escritório.

Poucas horas depois da declaração de Rocha, o PSL local bateu o martelo e disse aos quatro ventos que o major não é bem-vindo na sigla.

“O político quer obrigar os nossos filiados a apoiarem candidatura com viés esquerdista, o que colide frontalmente com o conteúdo programático da nossa legenda”, diz uma das notas lançadas.

Não houve ruptura entre Rocha e o PSDB, onde atua há 12 anos. A ideia do vice-governador é migrar para o PSL e fazer com que o partido construa aliança com o pré-candidato tucano à`prefeitura de Rio Branco, Minoru Kinpara, que está isolado em alianças, mas lidera as pesquisas de intenção de voto.

No entanto, a ex-agremiação do presidente Jair Bolsonaro, que se organizou no Acre aproveitando a onda bolsonarista, tem pré-candidatos a cabeça de chapa ou para vice em mais da metade das cidades acreanas, entre elas Rio Branco. O nome escolhido para a disputa eleitoral na capital foi o do empresário Fernando Zamora.

Rocha provocou o grupo ao dizer que hoje a legenda não tem candidatos que disputem eleição com chance de vitória. “Queremos tirar o PSL do limbo e colocá-lo em pé de igualdade com os outros partidos. A intenção não é dividir ou espatifar, mas juntar. Muitos dos que me acompanham vão migrar também”.

Se decidir pela filiação, o ato será imediato. As tratativas de Rocha acontecem com o presidente nacional da legenda, Luciano Bivar. O vice-governador afirma que foi convidado pelo dirigente, mas a direção local da sigla diz que o ex-militar foi quem procurou Bivar para oferecer se nome.

Se o plano der certo, o PSL ganha, automaticamente, o vice-governo no Acre, uma importância que nunca teve no estado. Em troca, o PSDB recebe um aliado, mais tempo no horário eleitoral e uma fatia maior de recurso para a campanha da chapa encabeçada pelo seu candidato.

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