Presidente da Câmara de Brasileia é preso suspeito de bater na mulher grávida de 8 meses

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Presidente da Câmara de Vereadores de Brasileia, Rogério Pontes de Sousa, negou as acusações e afirmou que teve um desentendimento com a mulher, mas que a situação já foi resolvida — Foto: Reprodução

Vereador Rogério Pontes de Sousa negou as acusações e afirmou que teve um desentendimento com a mulher, mas que a situação já foi resolvida.

O presidente da Câmara de Vereadores de Brasileia, Rogério Pontes Sousa, foi preso em flagrante na noite de domingo (14) por violência doméstica. A mulher de Sousa, que está grávida de oito meses, ligou para a Polícia Militar do Acre (PM-AC) denunciando que tinha sido agredida pelo vereador em casa.

Antes dessa denúncia, a PM-AC já tinha ido até a casa do vereador após receber reclamações do volume do som na casa dele. Depois de alguns instantes, a PM-AC voltou a ser acionada para o mesmo local.

No momento da confusão, o vereador fazia uso de bebida alcoólica em casa, segundo a polícia. Sousa foi preso em flagrante e levado para a delegacia da cidade, de onde foi liberado após pagar fiança de R$ 5 mil.

Ao G1, o vereador negou que tenha agredido a mulher. Segundo ele, houve uma discussão entre o casal e a mulher se alterou e chamou a polícia.

“Estou de boa com minha esposa, teve uma discussão e desavença porque todo casal briga. Agora de bater e espancar ela, nunca fiz. Já teve três vezes que ela com raiva e ciúmes cria fatos estranhos, que não existem. Não faço isso, é mãe de dois filhos meus e não sou a pessoa que os sites colocam”, defendeu.

O vereador também alegou que não foi preso e justificou que foi ouvido na delegacia, juntamente com a mulher, e foi liberado.

“Teve a discussão, mas em nenhum momento bati nela. Houve agressão verbal, mas jamais vou bater em uma mulher grávida. Jamais vou aceitar alguém bater nas minhas filhas”, argumentou.

A reportagem não conseguiu falar com a mulher do vereador.

Vítima tentou retirar a queixa

O delegado até atendeu o caso, Luiz Tonini, disse que fez o procedimento, mas que, no dia seguinte, a mulher voltou à delegacia para retirar a queixa. A polícia ouviu algumas testemunhas que estavam na casa para tentar confirmar as agressões.

“Houve uma suposta briga, ouvimos as testemunhas que estavam no local. No outro dia a vítima já estava querendo renunciar aos fatos e a representação, mas o flagrante foi feito e encaminhado para o Judiciário”, frisou.

A polícia ainda solicitou que a vítima fizesse um exame de corpo de delito para comprovar as agressões. No boletim de ocorrência, a vítima descreveu que teve o vestido rasgado e ficou com um arranhão no seio. Porém, a mulher não fez o exame solicitado pela polícia.

“Fizemos a oitiva da vítima, ouvimos a testemunha que relatou a discussão e não a agressão física, ele pagou a fiança no valor de R$ 5 mil e foi liberado. Ela foi orientada a fazer o exame de corpo de delito, não tinha uma lesão aparente, mas mesmo assim foi entregue a guia”, destacou.

Mesmo a mulher querendo retirar a queixa, o delegado disse que vai encaminhar o processo para o Poder Judiciário para as medidas cabíveis. Além disso, a mulher pediu medida protetiva contra o marido.

“Ela não realizou o exame de corpo de delito. Como não pode haver a renúncia em delegacia, ela foi orientada a realizar em juízo. Fizemos o procedimento e encaminhamos ao juiz. Ela representou por medida protetiva”, reafirmou.

G1

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp