Estado acreano recebeu mais de R$ 184 milhões do governo federal para ajudar as pessoas afetadas financeiramente.
A manicure Maria Lenilza de Sousa, de 44 anos, não atende uma cliente desde o mês de março, quando o Acre suspendeu as atividades não essenciais devido à pandemia do novo coronavírus. Asmática, a manicure faz parte do grupo de risco e se viu sem dinheiro quando o salão de beleza em que trabalha fechou.
A família de Lenilza, como gosta de ser chamada, é uma das mais de 208 mil do Acre beneficiadas com o auxílio emergencial do governo federal disponibilizado para trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEIs), autônomos e desempregados.
O valor do benefício é de R$ 600 pagos por três meses para até duas pessoas da mesma família. Para famílias em que a mãe é a única responsável, o valor é de R$ 1,2 mil
É o caso da manicure. Mãe de família com três filhos, de 5, 10 e 21 anos, sem cadastro no Programa Bolsa Família e no Cadastro Único (CadÚnico), Lenilza foi beneficiada com R$ 1,2 mil.
“Desde março que não trabalho, tenho três filhos e moro de aluguel. Foi muito importante o benefício, porque paguei meu aluguel e três talões de luz que estavam atrasados. É disso que estou vivendo, do benefício, graças a Deus. Não posso trabalhar porque tenho problemas respiratórios e sou do grupo de risco”, contou.
Beneficiados
Segundo dados da Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres (SEASDHM), 208.750 famílias do Acre foram aprovadas para receber o auxílio emergencial disponibilizado pelo governo federal como ajuda durante a pandemia de Covid-19.
Os números são até o final de maio. Os valores foram repassados para os seguintes grupos: Bolsa Família (88.005 famílias), CadÚnico (39.305) e trabalhadores informais sem renda devido à pandemia (81.733 famílias).
Em valores, foram destinados para o Acre mais de R$ 184 milhões para os moradores do estado.
“Essas famílias extra cad, que não estão inscritas no Bolsa Família e no CadÚnico, fizeram a inscrição pelo aplicativo da Caixa. Por isso são divididos em três grupos. Tivemos muitas famílias que perderam o emprego e conseguiram se inscrever no auxílio. Famílias do CadÚnico que estavam inscritas há muito tempo, que estavam com o cadastro desatualizado, também conseguiram receber”, destacou Lidiane Alves Moreno, da coordenação do Bolsa Família.
G1