Flexibilização é estudada por equipes do governo do estado. Decreto com regras de distanciamento e isolamento social é válida até 15 de junho.
Com mais de 7,5 mil infectados e mais de 200 mortes por Covid-19, o governo do Acre já estuda flexibilizar a reabertura do comércio na segunda quinzena de junho.
O Acre confirmou mais 241 casos do novo coronavírus e chegou a marca de 7.525 infectados no estado até este sábado (6). O número de mortes subiu de 190 para 201.
Sobre a reabertura do comércio, a secretária de Comunicação do Acre, Silvania Pinheiro, disse que é feito um estudo para definir as medidas e estratégias da flexibilização.
“Ele está em Cruzeiro do Sul, mas essas coisas são estudadas e levantadas e semana que vem tem uma posição oficial. A PGE [Procuradoria Geral do Estado] está estudando sobre isso”, destacou.
O decreto com as regras de isolamento social e suspensão das atividades não essenciais é válido até o dia 15 de junho.
Expoacre
Outro ponto questionado ao governo é sobre a possível realização da Expoacre, maior feira agropecuária do estado que reúne milhares de pessoas anualmente.
Com as regras de distanciamento e isolamento social para evitar a proliferação do novo coronavírus, a secretária explicou que não há nenhum planejamento em curso para que seja realizada a feira.
“Está fora de cogitação. Não tem nenhuma movimentação sobre isso, não tem condições”, destacou.
Porém, ela definiu que o governo deve ser posicionar oficialmente sobre as questões também na próxima semana.
Carreata
A reabertura do comércio, com o cumprimento das regras de distanciamento e higienização, é defendida pela classe empresarial acreana há meses. Na terça (2), um grupo de empresários, comerciantes, lojistas e autônomos de Rio Branco fez uma carreata pedindo a reabertura do comércio na capital acreana.
A concentração foi em frente ao Teatrão, no Bosque, e foi até o Palácio Rio Branco, no Centro da cidade. Outro grupo de movimentos sociais também se manifestou no mesmo dia, porém contra a reabertura do comércio. Com faixas e cartazes, eles lembraram as vítimas da Covid-19 e também protestaram contra o presidente Bolsonaro.
A situação de pandemia do novo coronavírus obrigou a maior parte do comércio no estado a fechar as portas. A medida foi adotada desde o dia 20 de março, após decreto governamental.
Minuta
O mesmo grupo de pelo menos 500 empresários e mais 22 entidades, que compõem o “Movimento Emprego é Vida”, criou uma minuta para ser entregue ao comitê gestor de combate à Covid-19 no Acre com sugestões de normas de segurança que podem ser aplicadas para a reabertura gradual do comércio no estado.
“A primeira fase é mais restrita, você vai restringir horário de atendimento, grupo de risco não vai poder ser atendido, deve ser observada a questão do uso de equipamentos de proteção individual. Aí, com sete dias você observa se a curva subiu ou baixou. Caso tenha baixado, vai para segunda fase ou se não, deve ser esperado mais sete dias. Então, tudo de forma consciente e estudada. Apresentamos a proposta dia 27 de maio, mas o governo ainda não quis sentar com a gente até hoje e agora estamos apresentando uma outra proposta, pegando exemplo de outros estados”, afirmou o advogado representante do grupo, Márcio Bezerra.
G1