Em coma, grávida de seis meses com Covid-19 tem parto induzido no AC

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Internada na UTI com Covid-19, grávida de seis meses é submetida a parto induzido no AC — Foto: Arquivo pessoal

Marido, que é médico, acompanha de perto o tratamento e chegou a fazer oração em frente ao pronto-socorro de Rio Branco. Patydan Castro está entubada na UTI.

No sexto mês de gravidez e internada com Covid-19 há nove dias, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do pronto-socorro de Rio Branco, a acadêmica de psicologia Patydan Castro, de 34 anos, teve o parto induzido nesta segunda-feira (15).

A informação foi confirmada ao G1 pelo marido da paciente, o médico Raimundo Castro que acompanha de perto o tratamento da mulher. Segundo ele, a medida é para não colocar em risco a vida da mãe e do bebê.

Patydan está internada há 20 dias com a doença. Inicialmente, ela ficou na enfermaria de emergência do pronto-socorro de Rio Branco e depois foi levada para a UTI da unidade. Ainda segundo o marido, há sete dias, ela está entubada.

“No momento ela está muito instável, a evolução dela não está bem, está com taquicardia e os obstetras e intensivista se reuniram e decidiram induzir o parto do bebê para tirar e levar ele para UTI neonatal. Para segurar o bebê, ela usa 30% da estrutura dela, e não tem como fazer uma dose mais plena, um tratamento mais seguro, que se aumentar muito o bebê pode ir a óbito. Já está sendo feita a medicação para indução ao parto normal”, disse o marido.

Ele explicou que não é possível fazer uma cesariana porque a mulher não iria suportar.

“É complicado, perde muito sangue e ela não consegue ir para o centro cirúrgico, não tem como tirar ela da UTI, ela não suporta uma cesariana. Mas, ela vai evoluir bem, quando tirar o bebê, ela vai ter força e vai dar para fazer um tratamento mais rígido. Tanto ela como o bebê vão ficar bem”, acredita.

‘Ela tinha muito medo de pegar’

O casal já tem uma filha de 4 anos e planejou a segunda gravidez. O pai conta que é um menino e que o nome já tinha sido escolhido antes mesmo da mãe ficar doente. O pequeno vai se chamar José Valente, seguindo o da irmã que se chama Maria Valentina.

Por conta da profissão do marido, a acadêmica redobrou os cuidados na gravidez. O médico conta que nem estava dormindo em casa para evitar a contaminação. Ele também pegou a Covid-19, mas diz que a mulher teria contraído a doença de uma secretária que continuava trabalhando na casa da família durante a quarentena.

“Eu estava em um hotel e quem estava em casa ajudando minha esposa era a secretária. Ela pegou a Covid-19 e com quatro dias depois a minha esposa pegou também. Desde quando tudo começou, em março, ela ficou muito assustada e se isolou no quarto, com muito medo de pegar por conta do bebê que a gente planejou, ela estava se cuidando muito. Mas infelizmente essa doença é assim. Agora temos que buscar forças em Deus”, contou.

G1

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