Mário Cordeiro de Lima Puyanawa, de 77 anos, morreu no sábado (20). Ele foi o primeiro cacique da aldeia que fica em Mâncio Lima.
O prefeito da cidade de Mâncio Lima, no interior do Acre, decretou luto oficial de três dias pela morte do Mário Cordeiro de Lima Puyanawa, de 77 anos. Ele foi o primeiro cacique da aldeia Barão, que fica na cidade, após o contato com os brancos.
Foi ele o responsável por reunir os indígenas da etnia e o primeiro cacique nomeado na aldeia. Atualmente, o filho dele, José Ferreira é cacique da aldeia e fez questão de lembrar que seu pai deixa um legado de luta pelos povos indígenas da região.
O decreto, assinado pelo prefeito Issac Lima e divulgado nesta terça-feira (23) é retroativo, válido do dia 20 a 22 de junho, e estabelece ainda o ponto facultativo na segunda (22) em respeito à memória do indígena.
“Considerando o consternar e o sentimento de solidariedade, dor que emerge pela perda de um cidadão exemplar e respeitável. Considerando, finalmente, que é dever do poder público de Mâncio Lima render justas homenagens àqueles que com o seu trabalho, seu exemplo e dedicação, contribuíram para a memória do município”, justifica o prefeito no decreto.
A liderança atuou diretamente no processo de demarcação das terras dos Puyanawas. Ele morreu no último sábado (20), após passar mais 14 dias lutando contra a Covid-19. Chegou a sair da UTI para enfermaria, mas teve uma piora.
G1