Acre inicia coleta de plasma de curados da Covid-19 para tratar pacientes internados

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre), em Rio Branco, está convocando pessoas que testaram positivo para o novo coronavírus para serem doadores de plasma. As doações vão servir como uma alternativa de tratamento para o novo coronavírus de pacientes que estiverem internados.

A Secretaria estadual de Saúde (Sesacre) informou que há duas semanas e o tratamento com plasma é feito a critério do médico, que avalia o caso.

“A gente está estimulando e chamando as pessoas que tenham tido Covid-19 comprovadamente e que tenha pelo menos 30 dias sem sintomas. Deve se adequar a todos os critérios de um doador de sangue convencional”, explica a gerente de assistência do Hemoacre, Tereza Picado.

O Hemoacre está fazendo o chamamento para, caso os médicos precisem e façam o pedido, eles tenham em estoque o plasma em estoque.

“Isso vai ser um critério do médico que acompanha o paciente e ele quem vai determinar o paciente que tem indicação ou não e que eles queiram ou não utilizar o plasma convalescente. Porque o plasma funciona como aporte de anticorpos específicos para o paciente”, informou.

A gerente disse que a procura está sendo boa, mas espera que aumente, já que o componente pode ser estocado. As doações estão sendo feitas por meio de agendamento e o doador pode ligar no número (68) 3248-1380 para agendar.

“Estamos com a limitação de que não pode aglomerar e não podemos receber muitas pessoas, então o interessante é que as pessoas façam o agendamento”, concluiu Tereza.

O G1 não obteve resposta da Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre) desde quando e como o tratamento de plasma está sendo feito no estado.

Doação

O arquiteto Leandro Rocha, de 30 anos, foi um destes doadores, ele está curado da Covid-19 há mais de 60 dias e no último dia 5 de junho esteve no hemocentro de Rio Branco e fez a sua doação de plasma e já planeja voltar para fazer uma nova doação. Ele foi um dos primeiros casos da doença confirmados no estado.

“Confesso que de início fiquei um pouco nervoso porque nunca tinha doado sangue, mas é uma bobagem, o procedimento é simples, indolor, e fiquei com a sensação de dever cumprido em poder ter feito algo para alguém que está precisando nesse momento”, contou.

Rocha conta que a experiência com a doença foi aterrorizante, apesar de ter tido sintomas leves, a experiência foi complicada, mas ele agora se sente contente em poder ajudar quem está passando pelo tratamento.

“Como peguei bem no início e fui uma das primeiras pessoas que se contaminou aqui, era tudo muito incerto tanto para a equipe de saúde quanto para mim. E via nos noticiários sobre as pessoas morrendo e ficava na cabeça aquela incerteza se realmente eu iria ser hospitalizado, se ia sobreviver, mesmo que tenha sido leve, mas ficava com a incerteza do que iria acontecer. Não é fácil, é meio aterrorizante”, pontuou.

Para doar plasma

Para ser doador de plasma, a preferência é que sejam do sexo masculino, mas, mulheres que não tenham histórico de gravidez também podem doar; ter diagnóstico confirmado para Covid-19; não ter manifestado a doença em estágio grave e estar sem sintomas da doença há 30 dias.

Além disso, o doador tem que seguir os mesmos requisitos de um doador de sangue e estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 69 anos, no caso de menores de 18 anos precisam estar acompanhados por responsável, pesar no mínimo 50kg, estar descansado e bem alimentado no dia da doação e levar documento oficial com foto.

G1

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp