Márcio Bittar é investigado pelo MPF por nomear em seu gabinete assessora que estuda medicina na Bolívia

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O senador da República, Márcio Bittar (MDB/AC) está sendo investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por nomear em seu gabinete em Brasília a assessora parlamentar, Gleiciane Meneses de Souza, que cursa medicina na UNITEPC, em Cochabamba, na Bolívia, em turno integral, o que inviabilizaria o regular exercício das atividades junto ao Senado Federal.

O parlamentar do Acre é alvo de uma investigação presidida pelo procurador da república, Ricardo Alexandre Souza Lagos, que instaurou um inquérito civil para apurar possível ato de improbidade.

Segundo a portaria ministerial, o procurador adota uma série de medidas para iniciar as investigações como por exemplo a juntada aos autos dos extratos das remunerações recebidas por Gleiciane no período de setembro/2019 a abril/2020, extraídos do sítio eletrônico do Senado.

A publicação ainda enfatiza que o prazo para conclusão do procedimento investigatório já havia se esgotado sem que tenha sido concluídas as primeiras diligências necessárias à sua instrução. “Notadamente em decorrência da ausência de resposta a ofício direcionado ao Senado Federal no qual foram requeridas informações imprescindíveis ao esclarecimento dos fatos”, diz trecho da portaria. O ac24horas apurou que o caso estava sob a órbita do MPF desde outubro de 2019 mas somente agora foram tomadas providências após ao não fornecimento de respostas pelo senado federal.

Em consulta ao Portal do Senado Federal, a reportagem verificou que Gleiciane ainda consta na folha de pagamento de assessores do parlamentar com salário e mais auxílio que o ultrapassa os R$ 3 mil. Ela ingressou no gabinete do senador em fevereiro de 2019, logo após a posse.

Questionado pela imprensa, Bittar confirmou que Gleiciane estuda medicina na Bolívia e presta seus serviços de forma remota. “Não vejo problema algum. Ela trabalha como qualquer outro assessor meu. Divulga minhas ações e participa das reuniões de equipe. Ela estuda em Cobija, mas mora no Acre. Eu não vejo problema. O mundo mudou, as pessoas hoje trabalham de qualquer lugar. Mas se a justiça quer esclarecimentos, eu darei de bom grado. Não tenho nada a esconder”, disse.

Com informações do Ac24horas

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