Dia do Trabalhador: mais de 2 mil acreanos perderam o emprego durante pandemia

O trabalhador acreano não tem muito a comemorar neste 1º de maio, Dia do Trabalhador. Segundo pesquisa da Federação das Indústrias do Acre, mais de 2 mil profissionais tiveram de ser dispensados dos seus postos de trabalho durante a pandemia do novo coronavírus no estado do Acre.

Outro dado mostra que o cenário no Acre não é um dos melhores quanto ao mercado de trabalho. Um levantamento realizado pelo Seguro-Desemprego mostra que de abril de 2019 a abril deste ano, 16.881 pessoas ficaram desempregadas no Acre.

O decreto assinado pelo governador Gladson Cameli (PP) que determina fechamento do comércio por causa do Covid-19 contribuiu para a redução dos postos de trabalho.

Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC), Leandro Domingos, o decreto governamental representou um “soco no fígado” dos empresários acreanos. Gladson justificou a medida explicando que está cumprindo orientações da Organização Mundial da Saúde para evitar aumento nos casos da doença.

Uma pesquisa já foi elaborada por economistas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-Ac), Acisa, Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac) e o governo durante a pandemia do coronavírus no estado. “Do início da pandemia até hoje, já aconteceu uma redução no número de empregos formais de aproximadamente 10%”, diz José Adriano, presidente da Fieac.

O estudo mostra ainda que ao menos 20% das empresas locais estão pensando em demitir funcionários com carteira assinada neste período. 10% das empresas tomaram medidas de redução da jornada de trabalho, mas preservando empregos. 77,78% das empresas deram férias coletivas para funcionários e 11% das empresas já demitiram.