Em estudo, pesquisadores da China descobriram que o uso de plasma do sangue de pacientes recuperados da Covid-19 fez com que 10 casos severos da doença apresentassem melhora. A pesquisa foi publicada na Proceedings of the National Academy of Science.
“O resultado é consistente com o que tenho ouvido de outros lugares”, afirmou Michael Joyner, um fisiologista que está liderando um estudo paralelo sobre plasma nos Estados Unidos, em entrevista à The Wire Science.
A terapia de plasma consiste em uma dose de anticorpos – obtida de pessoas que já se curaram da Covid-19 – é administrada em uma pessoa convalescente. O método é experimental, mas já é testada há mais de 100 anos, tendo tido sucesso, por exemplo, na Gripe Espanhola e, mais recentemente, na H1N1 e SARS.
O plasma pode auxiliar a diminuir o tempo da doença ou mesmo torná-la menos perigosa. Ele pode ser usado em diferentes estágios: depois da exposição com alguém infectado (mas antes da infecção se instalar) e para pacientes críticos e não-críticos.
No caso do estudo da China, que teve seis homens e quatro mulheres em três hospitais diferentes, em três dias todos os participantes da pesquisa apresentaram melhora nos sintomas clínicos (tosse, febre, falta de ar e dor no peito). Oito das 10 pessoas estavam recebendo algum tipo de respiração mecânica ou oxigenação.
Em uma semana, exames de raio-x mostraram que o dano aos pulmões foi reduzido. A carga viral também passou a ser imperceptível nos exames de sangue.
Embora promissos, cientistas seguem testando o plasma sob diferentes práticas, a fim de ter certeza de sua eficácia. Ao redor do mundo, mais de 20 testes clínicos com o plasmas estão sendo feitos.
Jovem Pan