Transmissão comunitária de coronavírus no Acre já é realidade e proteção a grupos de riscos deve ser reforçada, alerta médico

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Passados 24 dias após a confirmação dos três primeiros casos de Covid-19 no Acre, doença respiratória causada pelo novo coronavírus, são várias as medidas que vêm sendo adotadas desde então pelo governo para frear a circulação do vírus em todo o estado. Muitas delas de cunho preventivo, como as barreiras de controle sanitário em todos os municípios e aeroportos do Acre, por exemplo, com as orientações da Vigilância Sanitária estadual sobre protocolos a serem seguidos.

No Acre, conforme o último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), 62 pessoas já testaram positivo para Covid-19. O número de casos notificados subiu de 735 para 745, entre a quarta-feira, 8, e esta quinta-feira, 9, e desse total, 633 foram descartados, ou seja, deram negativo para coronavírus. O número de casos em análise foi reduzido de 73, na quarta, para 50, nesta quinta-feira, 9.

A temida transmissão comunitária já é uma realidade no estado, porque os órgãos de controle e monitoramento não têm mais como investigar de onde surgiram os novos contágios, dificultando assim as medidas de quarentena, antes focadas muito mais nesses grupos específicos.

“Esse era o nosso receio e motivo também de nosso apelo para que as pessoas continuassem em casa. Nosso objetivo era justamente o de controlarmos os focos da doença, evitando até que a produção de exames para identificarmos esses mesmos focos, fosse comprometida”, ressalta a médica Paula Mariano, secretária-adjunta de Saúde do Acre.

O boletim da Sesacre desta quinta-feira, 9, trouxe dois casos de pessoas, um administrador de empresa e um servidor público, que não sabem de quem pegaram a doença. Trata-se dos primeiros dois casos oficiais desse tipo desde o último dia 17 de março, quando o Acre registrou os três primeiros casos de pessoas contaminadas pela doença.

Embora os números de alta sejam satisfatórios no período, com 39 pessoas curadas do novo coronavírus, o causador da Covid-19, os dois primeiros casos de transmissão comunitária, além também dos dois óbitos registrados na semana passada em decorrência do vírus no estado acendeu um alerta ainda maior no grupo classificado de risco para complicações graves da Covid-19.

Eles são os idosos e pessoas com doenças crônicas, sobretudo as respiratórias.

Acostumado com o atendimento pré-hospitalar de urgências e de emergências por prioridades, o médico Victor Hugo Panont, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), orienta sobre os cuidados que devem ser tomados, e até reforçados, neste período, para os riscos que a Covid-19 traz a idosos e pessoas com doenças preexistentes, como a hipertensão, a diabetes e as doenças respiratórias.

Secom

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