A direção do Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) irá agendar reunião com a Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (Semsa) para cobrar ações, como por exemplo a realização de campanhas com cartazes orientando que pacientes usem máscaras ao procurar atendimento nas unidades de saúde da capital acreana. A medida do sindicato tem por objetivo evitar a exposição dos médicos e dos próprios pacientes ao risco de contrair a Covid-19.
Duas unidades de saúde do município já foram visitadas pelos diretores do Sindmend-AC e foi constatado que há pacientes que são admitidos para atendimento sem máscaras, ao contrário do que diz o decreto governamental de que todos, indiscriminadamente, devem usar a proteção individual.
A decisão de acionar a Semsa, que já havia sido tomada, foi reforçada na tarde de segunda-feira (27) após diretores do sindicato visitarem a Policlínica Barral y Barral, onde os diretores conversaram com a coordenação e constataram que os médicos estão atendendo alguns pacientes que chegam à unidade de saúde sem o uso da máscara. A mesma deficiência já havia sido registrada no centro de saúde Cláudia Vitorino, localizado no bairro Taquari, que foi visitado pela direção do sindicato na última semana.
A visita foi feita pelo vice-presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici, e a primeira-secretária da entidade, Jacqueline Fecury.
Vale frisar que apesar de ter detectado que alguns pacientes chegam a ser atendidos sem máscaras, os profissionais da unidade estão com os devidos equipamentos de proteção, sendo que o único ponto questionado pelo sindicato é o tempo na troca das máscaras PFF-2.
“Estas máscaras devem ser trocadas com um prazo de 5 a 7 dias e aqui os profissionais usam até por 15 dias”, diz Jacqueline Fecury.
Com relação às máscaras que devem ser usadas por pacientes, os diretores defendem a imediata necessidade da Semsa providenciar as campanhas de orientação.
Segundo Guilherme Pullici, a máscara contribui para reduzir a quantidade de mortes por coronavírus.
“A máscara pode ajudar na redução da quantidade de casos, na queda da quantidade de mortes, por isso cobraremos da prefeitura para que ela faça esse reforço na conscientização da população sobre a importância do uso da máscara”, diz Guilherme Pullici.
A primeira-secretária do Sindmed-AC, Jacqueline Fecury, diz que se faz urgente providências por parte da Semsa, sob pena da saúde dos médicos correr risco.
“Precisamos que a Secretaria de Saúde cobre da coordenação da unidade a necessidade do paciente usar máscaras. Não usar a máscara infringe o decreto governamental e expõe o médico ao risco de contaminação. Que sejam afixados cartazes para que haja a conscientização. Nossos médicos não podem ser expostos ao risco de contaminação”, diz.
Durante a fiscalização, os representantes do Sindmed-AC conheceram toda a unidade e receberam a informação de que a Policlínica Barral y Barral segue normalmente o atendimento, embora alguns profissionais estejam afastados por serem do chamado grupo de risco. A policlínica segue recebendo os pacientes agendados e aqueles com problemas respiratórios.
“Atendemos todos, não podemos negar atendimento a um paciente sem máscara”, contou o coordenador da unidade, Ailton Viana.
Durante a visita os diretores constataram ainda que a unidade possui excelentes condições para receber pacientes, contando, inclusive, com a realização de exames, testes rápidos e exames de imagens como ultrassonografia e eletrocardiograma.
“A unidade como toda é bem equipada, mas de nada adianta todo aparato se nossos colegas médicos estiverem expostos e se contaminarem. São eles a linha de frente e precisam ser protegidos”, diz Jacqueline.
Assessoria